Remy Gorga Neto
Em muitas ocasiões, estamos tão enfurnados nas nossas preocupações diárias que não conseguimos parar para olhar o nosso entorno, para conhecer novas realidades e experiências que podem mudar muito a nossa forma de perceber as coisas.
Nas cooperativas, essa afirmativa não é diferente. São tantas atribuições e incêndios a serem debelados, que o olhar das lideranças não se afasta do cotidiano de problemas a serem resolvidos “para ontem”.
Isso é compreensível, mas não deve ser uma regra geral. Muitas situações, consideradas complexas, já foram vivenciadas por outras lideranças em momentos distintos e soluções foram encontradas.
Basta um olhar mais atento sobre a trajetória de quem já passou por situações de turbulência para termos ideias poderosas, que nos poupariam muitos sacrifícios na resolução de problemas similares, que parecem intransponíveis.
Quem já passou por esse aprendizado tem muito a compartilhar e, portanto, deve ser considerado estratégico dar uma pausa na correria diária para oxigenar a forma de perceber a realidade.
No Brasil temos excelentes referências de cooperativas com processos de governança e gestão bem estruturados, proporcionando resultados expressivos para toda a região em que atuam.
Mais especificamente no Paraná, encontramos alguns casos que demonstram o sucesso de um trabalho realizado com responsabilidade, competência e profissionalismo, servindo como referência para quem se permite ampliar os horizontes e se inspirar nos bons exemplos.
Cooperativas como a Cooperante, no município de Campo do Tenente; Bom Jesus, no município de Lapa; Castrolanda, no município de Castro; e Cooptur, no município de Ponta Grossa, são algumas de muitas que indicam o caminho a ser percorrido.
Alguns dirigentes de pequenas cooperativas do Distrito Federal e região do entorno tiveram a oportunidade de vivenciar esse choque de realidade e, sem exceção, voltaram inspirados pelo que viram e ouviram nas visitas a essas cooperativas.
Conhecer novas experiências não deve ser visto como um desvio de foco das atividades diárias da cooperativa, mas sim ser considerado como uma boa prática de gestão que deve estar no radar dos líderes cooperativistas.
Presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF