Chuva em excesso volta a castigar Pato Branco

Da noite da segunda-feira (10) até o final da tarde da terça-feira (11), das quatro estações de monitoramento pluviométrico do Cemaden, em Pato Branco, duas tiveram dados registrados: a Central; e a do bairro São João. Respectivamente, eles registraram 190 mm e 186 mm de precipitação de chuva em menos de 24 horas.

As outras duas estações, no Alvorada e no Fraron (na Universidade Tecnológica Federal do Paraná), não tiveram registro. Contudo, de acordo com o dispositivo PlugField, que permite o monitoramento pluviométrico na área do Parque Tecnológico do Município, no bairro Fraron a precipitação foi de 156,9 mm.

Contudo, desde as primeiras horas de segunda até o final de terça, o acumulado foi superior as 300 mm.

A grande concentração de chuva trouxe de volta à população de Pato Branco e região um velho problema: regiões de alagamentos, que acarretaram em água entrando em casa, danificando bens pessoais, sem falar na série de transtornos de locomoção.

Logo nas primeiras horas da manhã da terça, ruas como a Fernando Ferrari, Doutor Beltrão, Tocantins e parte da avenida Tupi já estavam interditadas com o alagamento na região da Baixada Industrial.

Nesta mesma região, comerciantes, como forma de precaução para evitar que a água adentrasse aos estabelecimentos, colocaram nas portas barras de ferro para criar barreiras.

Contudo, casas que estão próximos o leito do rio Ligeiro, abaixo da bacia de Contenção do Bonatto (que o Município afirma não estar concluída, mas que segurou a vasão de boa parte da água), foram invadidas pela água.

Outro ponto de alagamento foi na área do córrego Penso, nos bairros Vila Esperança e Trevo da Guarani, onde empresas e residências foram atingidas pelo córrego que saiu de sua calha.

Na região da bacia de contenção do Pinheirinho, o lago cumpriu com a finalidade de represar a água e evitar pontos de alagamento na região abaixo do Grêmio Industrial Patobranquense, contudo, já no início da manhã, pelo menos uma residência que fica aproximadamente 10 metros de distância da margem da barragem já estava alagada. Os proprietários não tiveram tempo de tirar os carros da garagem.

Por onde a equipe do Diário do Sudoeste percorreu, os questionamentos foram vários, sobre obras necessárias para impedir que novos alagamentos ocorram, que barreiras de lixo sejam recolocadas em locais que anteriormente existiam e que agora constantemente lixos, como até uma geladeira foi registrada boiando.

Afetados

Ainda na noite da terça, a prefeita em exercício, Angela Padoan juntamente com alguns secretários fez um balanço dos danos causados. Seis famílias ficaram desalojadas, três famílias desabrigadas e mais 63 famílias tiveram as casas alagadas.

Nesta quarta-feira, segundo o relatório da Defesa Civil do Paraná, Pato Branco teve 200 pessoas afetadas. O mesmo relatório manteve a informação de que quatro pessoas permanecem desabrigada.

Desde a terça, e ao longo de toda a quarta, a Secretaria de Assistência Social realizou campanha para a arrecadação de donativos para auxiliar as famílias atingidas.

Podem ser doados colchões, roupas de cama, móveis em geral, eletrodomésticos, principalmente geladeira e fogão, mantimentos, roupas (infantil e adulto). A concentração das doações foi na igreja do bairro Vila Esperança, uma das áreas afetadas pelas cheias.

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