Choveu um pouco mais em junho no Paraná em relação aos últimos dois meses, mas, ainda assim, o volume ficou abaixo da média histórica para o período. Levantamento feito pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) em 13 cidades do Estado revelou que a precipitação acumulada no mês passado foi de 1.209,4 milímetros ou 84,4% dos 1.432,2 mm estimados para o mesmo conjunto de municípios.
Em maio o índice ficou em 1.119,4 mm e em abril, o mais seco da série história no Estado, em 369 mm.
Os números reforçam a necessidade do uso racional da água. Curitiba e Região Metropolitana seguem em um rodízio no abastecimento desde o ano passado, com intervalo de 60 horas de fornecimento e 36 horas com suspensão. O mesmo vale para as cidades de Santo Antônio do Sudoeste e Pranchita, ambas na Região Sudoeste. Nesses casos, porém, o rodízio é menos severo, programado para apenas um período do dia em determinada região da cidade.
Atualmente, de acordo com a Sanepar, a média dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) é de 55,10%, pouco superior ao registrado no fim de maio (53,17%). O conjunto é composto pela Barragem Iraí (43,84%), Barragem Passaúna (57,92%), Barragem Piraquara 1 (55,61%) e Barragem Piraquara 2 (79,44%). Para o fim da interrupção parcial do fornecimento, a companhia espera que o índice chegue a 80%.
Meteorologista do Simepar, Samuel Braun afirmou que apenas duas das 13 cidades pesquisadas – Foz do Iguaçu (Oeste) e Guaratuba (Litoral) – superaram a média histórica em junho. Já Londrina, no Norte, apresentou o pior índice: apenas 42,7% do esperado para o período.
“A chuva foi irregular em junho, uma característica do período. Ainda assim, algumas cidades conseguiram superar ou ficar próximas da média, o que é importante para o abastecimento de água. A precipitação foi maior no Oeste, Sudoeste e Sul do Paraná”, explicou. “A previsão para julho e agosto, contudo, é de meses mais secos, abaixo da média. Até o próximo dia 15 não temos indicativos de chuvas fortes pela frente no Estado”.