As chuvas registradas no final de semana tiveram um impacto positivo na qualidade do ar no Paraná, especialmente em Curitiba, onde os níveis de poluentes haviam atingido patamares preocupantes. De acordo com o Instituto Água e Terra (IAT), responsável pelo Gerenciamento da Qualidade do Ar no estado, os níveis de Partículas Inaláveis (MP10) e Partículas Respiráveis (MP2,5), que estavam elevados devido à fumaça de poluentes e incêndios florestais em diversas regiões do país, retornaram aos padrões habituais nesta segunda-feira (26).
Melhora Significativa em Curitiba
Curitiba, que registrava as médias horárias mais críticas, com índices de MP10 próximos a 150 μg/m³ e MP2,5 a 100 μg/m³, apresentou uma significativa melhora, com os valores caindo para entre 5 μg/m³ e 40 μg/m³ para MP10 e entre 5 μg/m³ e 20 μg/m³ para MP2,5, dentro do padrão de qualidade do ar estabelecido.
“O efeito da chuva é fundamental para remover essas partículas da atmosfera, reduzindo a quantidade de poluentes e, consequentemente, melhorando a qualidade do ar,” explicou João Carlos de Oliveira, agente de execução do IAT. Ele também ressaltou que, apesar dos níveis elevados de poluentes durante o período seco, a qualidade do ar no Paraná não atingiu níveis críticos, permanecendo dentro dos padrões de regularidade do Índice de Qualidade do Ar do Conselho Nacional de Meio Ambiente.
Expansão do Monitoramento da Qualidade do Ar
O IAT está ampliando sua cobertura de monitoramento da qualidade do ar no Paraná em 64%. Este ano, sete novas estações de medição serão instaladas em locais com alta concentração de poluentes, como áreas industriais e regiões com grande fluxo de veículos, nos municípios de Colombo, União da Vitória, Francisco Beltrão, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. Com isso, o estado passará a contar com 18 estações de monitoramento, um investimento de R$ 8,9 milhões por parte do Governo do Estado.
Atualmente, a estrutura de monitoramento no Paraná inclui 11 bases localizadas em Curitiba (2), Cascavel, Araucária (3), Paranaguá, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São Mateus do Sul. “Esses novos equipamentos permitirão uma medição mais precisa das Partículas Respiráveis, emitidas por fontes como veículos, que são particularmente relevantes para os padrões da Organização Mundial da Saúde devido ao seu impacto na saúde pública,” acrescentou Oliveira.
Acesso e Acompanhamento dos Dados
Os dados das estações de monitoramento podem ser acessados por qualquer pessoa através da plataforma MonitorAr, desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente. Disponível tanto no site quanto por aplicativo, o MonitorAr oferece dados em tempo real e permite a navegação em um mapa interativo, com informações detalhadas sobre os estados e cidades vinculados ao programa.
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Impactos na Saúde Pública
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a má qualidade do ar e a exposição a poluentes atmosféricos estão diretamente ligadas ao aumento dos casos de morbidade e mortalidade, especialmente entre grupos de risco como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. Além dos impactos na saúde, a poluição do ar também acarreta custos elevados para os sistemas de saúde e pode causar danos estruturais devido às chuvas ácidas.
Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável
O Ministério do Meio Ambiente reforça que a gestão da qualidade do ar é essencial para garantir que o desenvolvimento socioeconômico ocorra de forma sustentável e ambientalmente segura. Para isso, são necessárias ações contínuas de prevenção, combate e redução das emissões de poluentes, visando proteger tanto a saúde pública quanto o meio ambiente.
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