A Operação Vale do Taquari, em resposta aos estragos causados pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, entra em nova fase. Conforme os bombeiros militares paranaenses retornam, deixando três de seus colegas e dois cães de busca para continuar o trabalho. O objetivo desta operação é localizar as nove vítimas que ainda estão desaparecidas após o desastre.
O Major Ícaro Gabriel Greinert, líder do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) que coordena os esforços, ressaltou a importância dos cães nas atividades de busca. Principalmente agora que acredita-se que as vítimas estejam sob escombros. Ele elogia o trabalho dos cães, como Mali, que auxiliou na localização de um corpo, e destaca sua fundamental contribuição.
Desde 4 de setembro, quando o ciclone extratropical atingiu o Rio Grande do Sul, o Paraná tem apoiado as operações locais de busca e salvamento. A equipe já mobilizou 85 bombeiros, seis cães, 15 veículos e um helicóptero para auxiliar nas atividades.
O major relembra os desafios enfrentados, desde o cenário caótico de destruição até a complexidade de estabelecer áreas prioritárias de busca. Segundo ele, a paciência é crucial nesta fase da operação, que pode ser longa e meticulosa.
Apesar das tristes circunstâncias, a atuação do CBMPR tem recebido feedback positivo dos residentes locais, dos bombeiros gaúchos e das prefeituras. A comunidade local recebeu os bombeiros paranaenses com gratidão e consideração e os tratou como seus membros.
O ciclone extratropical causou um impacto devastador e se considera como o pior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. O desastre afetou centenas de cidades, feriu mais de 900 pessoas, matou 49 e deixou nove desaparecidos. As inundações danificaram mais de 10 mil edifícios, afetando quase 400.000 pessoas e deixando 22.000 desalojados e 5.000 desabrigados. O compromisso dos bombeiros, tanto locais quanto aqueles de estados vizinhos como o Paraná, tem sido uma luz em meio a essa tragédia.
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