Cerca de 150 mil moradores dos estados de Gujarat e Maharashtra tiveram de sair de suas casas devido à chegada do ciclone, antecipada pela agência meteorológica local. Segundo o diretor da Força Nacional de Resposta a Desastres da Índia, S.N. Pradhan, as normas de distanciamento social estão sendo seguidas em abrigos de evacuação e as equipes de resgate estão retirando os destroços das áreas afetadas. Há relatos de destroços espalhados pelas estradas, árvores arrancadas e linhas de eletricidade danificadas após o desastre.
Em Maharashtra, seis pessoas morreram na segunda-feira, enquanto a capital do estado, Mumbai, foi poupada de grandes danos, mesmo com fortes chuvas e ventos atingindo a costa da cidade e seus arranha-céus. No fim de semana, o Tauktae matou outras seis pessoas nos estados de Kerala, Karnataka e Goa, enquanto se movia ao longo da costa oeste.
Segundo o Departamento Meteorológico da Índia, o ciclone deve enfraquecer nas próximas 24 horas, mas fortes chuvas devem continuar ocorrendo em diversas partes de Gujarat e Maharashtra pelos próximos dias.
Ambos os estados estão entre os mais atingidos pela pandemia do coronavírus, e os governantes temem que a tempestade possa colocar em risco as linhas de abastecimento de suprimentos médicos, como oxigênio, devido à destruição das estradas e aos bloqueios impostos pelo trabalho de socorro. Recentemente, o sistema de saúde da Índia entrou em colapso devido a uma explosão de casos de covid-19, deixando hospitais superlotados e causando acidentes.
Equipes de resgate estão trabalhando para localizar integrantes das tripulações de um barco que afundou e de um navio de carga que ficou à deriva na costa de Mumbai após a passagem do ciclone. Pelo Twitter, a Marinha diz ter resgatado 177 pessoas de um total de 400 nas duas embarcações. Três navios de guerra da linha de frente faziam parte das operações de resgate e estavam vasculhando o mar árabe, disse um porta-voz.
Na Índia, os ciclones tropicais são menos comuns na costa oeste do que na leste, e geralmente se formam no fim do ano. Contudo, especialistas dizem que as mudanças nos padrões climáticos os tornaram mais intensos, em vez de mais frequentes. Em maio de 2020, quase 100 pessoas morreram depois que o ciclone Amphan, a tempestade mais poderosa a atingir o leste do país em mais de uma década, devastou a região. (Com agências internacionais)
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