Mais da metade (52,6%) do prejuízo apurado até agora pelo setor ficou concentrado nos estados de São Paulo (R$ 137,7 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 41,7 bilhões). A estimativa da CNC considera o que o turismo deixou de arrecadar desde a segunda quinzena de março de 2020 até o fim de abril, tendo como base informações das pesquisas conjunturais e estruturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de séries históricas referentes aos fluxos de passageiros e aeronaves nos 16 principais aeroportos brasileiros.
“Do ponto de vista da geração de receitas, o setor de turismo é, portanto, o mais atingido pelos desdobramentos econômicos decorrentes da crise sanitária”, escreveu o economista Fabio Bentes, da CNC, responsável pelo estudo.
O agregado especial de Atividades turísticas recuou 22,0% em março ante fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados hoje pelo IBGE. Com o retrocesso de março, o segmento ainda precisa crescer 78,7% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado, no pré-pandemia.
A CNC diminuiu sua projeção para o crescimento do volume de receitas do turismo em 2021, de uma alta de 18,8% para um avanço de 18,2%, após o tombo de 36,6% do ano passado.
“A flexibilização das medidas restritivas a partir de abril tende a reduzir as perdas mensais do setor, contudo, o cenário ainda se mostra complexo no médio prazo. O avanço lento e as interrupções na aplicação da vacinação em diversas regiões do país apontam um ritmo lento de recuperação das atividades terciárias neste ano, com um quadro mais favorável somente a partir do segundo semestre”, previu Bentes, em relatório.
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