Bloqueio em Santa Lúcia, no Oeste do Paraná – Foto: Helmuth Külh
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade que representa as empresas transportadoras, publicou nesta segunda-feira (31), uma nota, afirmando que está acompanhando as paralisações em algumas rodovias do País. A entidade ainda se manifestou contrária “a esse tipo de intervenção.”
“A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas”, disse a CNT.
O posicionamento da CNT foi feito em meio a uma série de bloqueios e interdições de rodovias federais e algumas estaduais, que estão sendo registrados desde o domingo (30), com o final das apurações das eleições, que resultou na derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apoiadores de Bolsonaro, pedem a intervenção do Exército. Não apenas caminhoneiros, mas tambémm produtores rurais participam dos atos, que majoritariamente são organizados por “populares”, conforme declaração da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que também divulgou ao longo do dia balanço com pelo menos 236 pontos com ocorrências em rodovias pelo País.
Leia a nota da CNT
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, acompanha as paralisações em algumas rodovias do País e se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção.
A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas.
Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
Nesse sentido, a CNT tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil.”