Aline Vezoli*
O Colégio Sesi realizou na manhã dessa terça-feira (22) o lançamento das atividades da primeira turma do projeto “Despertar para a ciência e empreendedorismo através do saber”, onde alunos de ensino médio trabalharão com a utilização de plantas medicinais.
Entre os objetivos do projeto estão a retomada da utilização de meios naturais, através de uma metodologia que proporciona aos jovens a chance de pesquisar e experimentar como forma de aprendizagem. O projeto também permitirá que os jovens tenham maior aproximação da natureza, diminuir o uso de agrotóxicos ou outros produtos químicos e ensinar aos alunos, acostumados a viver em uma sociedade que dispõe de tudo pronto, que a natureza dispõe de recursos próprios.
Apresentação
Durante a apresentação do projeto realizado pelos alunos, foi citado que “o projeto é baseado na biomedicina, através dos fitoterápicos, a ideia de conscientizar a população a usar mais recursos da natureza e menos químicos” e que “ter essa oportunidade de colocar a mão na massa é muito importante”.
Além de todo o conteúdo teórico, também serão oferecidos aos alunos aulas práticas sobre como plantar e cultivar plantas na horta disponibilizada no pátio da escola. Dentro do laboratório, os estudantes aprenderão sobre a extração de óleos, produção de tintas, chá e fitoterápicos, entre outros.
Na terceira etapa do projeto estava sendo planejado a inserção em escolas públicas, mas no momento essa etapa precisou ser adiada por conta da pandemia.
Os 144 alunos da escola deverão passar pelo projeto através do modelo de ensino interdisciplinar, mas por enquanto, 20 alunos são voluntários e responsáveis pelo cuidado da horta no período vespertino.
O jovem aluno Arthur Ecker, de 16 anos, demonstrou muito entusiasmo durante a apresentação. Segundo ele, o projeto traz uma grande interação entre os participantes e a natureza, “pelo fato de utilizarmos a sustentabilidade, vamos crescer como pessoas ao deixar de lado venenos e produtos químicos, e através dessas atitudes seremos melhores cuidando da natureza”.
Possibilidade de ampliação
A vice-prefeita Angela Padoan esteve presente no local para assistir à apresentação dos alunos. Na ocasião ela afirmou que o projeto era uma ideia antiga e que precisava de muitas pessoas trabalhando ao mesmo tempo. “Tudo isso abre um leque gigantesco de possibilidades para esses alunos. Agora vem a parte pratica e eles poderão testar o que dará certo, os pontos fortes e o que mais poderá ser feito para somar, é inspirador ver como eles estão motivados”.
A gestão municipal é apoiadora desse projeto e Angela comentou que há a ideia de amplia-lo para as escolas públicas, pois vai garantir as novas gerações maior consciência e aprendizagem da área abordada. “Os jovens precisam ter conhecimento, a fitoterapia é uma área maravilhosa, não só para medicação, mas para óleos essenciais, chás e uma vasta gama de produtos que podem ser implantados na saúde”.
O projeto está sendo realizado pelo Colégio Sesi de Pato Branco, com apoio da Prefeitura, do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e da Conseg, entre outras entidades. Para a vice-prefeita, essas parcerias são importantes para ampliar e fortalecer o projeto, “que ganha maior robustez, e cresce cada dia mais”.
Metodologia
A vice-presidente do Conseg de Pato Branco, Meri Aparecida Moraes, que é considerada a madrinha do projeto pontuou que, “o aluno tem a chance através dessa metodologia de conhecer, inovar, e é preciso ampliar isso para que eles saiam do ensino médio sabendo o que querem seguir”.
Ela também falou que “é importante levar para as escolas municipais, estaduais, órgãos da sociedade civil. Faz resgatar o cultivo, o plantio, o cuidado com a terra”.
União escolar
A possibilidade de dar início ao projeto e colocar em pratica vem da união e esforços da diretora do colégio Jakeline Campos, com os professores Marcos Bertani Gazola e Talita Kroetz, que lecionam química e biologia, respectivamente e da gerente da unidade do Sesi em Pato Branco, Juliane Agnes.
Juliane conta que o colégio tem o cunho de desenvolver nos alunos a importância da pesquisa e sentiram falta de propor a eles que coloquem a mão na massa, além de incentivar, através desse novo projeto, o resgate de situações culturais, como o plantio e cuidado de plantas.
A gerente também comentou sobre a expansão do projeto para as escolas municipais e afirmou que essa etapa será programada de acordo com a possibilidade, devido a pandemia. “A Escola São Roque sinalizou que tem interesse, vamos fazer um projeto piloto com eles, levaremos a pesquisa cientifica, traremos os alunos para pesquisar aqui no laboratório e faremos a extensão do próprio projeto, incentivando a plantar, ensinando como faz. ”.
*Com supervisão de Marcilei Rossi