De acordo com o Santos, o veterano já foi aprovado nos exames médicos e já pode iniciar os treinos com a comissão técnica liderada por Fernando Diniz. Antes dele, o clube anunciou o também atacante Léo Baptistão, no sábado. Os dois reforços para o mesmo setor tem explicação: o time tem sofrido com as constantes dificuldades no ataque nos últimos meses.
“É uma camisa de peso, tradição, o que me motiva. Saber que vários ídolos passaram aqui pelo clube e eu, com toda a minha trajetória, poder jogar em um time por onde passou o Rei, Neymar, Robinho, Diego (Ribas). E trabalhar com o (Fernando) Diniz. Sempre tive essa vontade de trabalhar com ele e estou tendo essa oportunidade, aqui no Santos”, disse Tardelli, que estava sem clube desde maio, quando deixou o Atlético-MG.
A diretoria santista não revelou qual será o custo do atacante para o clube, mas o presidente Andres Rueda garantiu que a contratação se encaixa “na nossa realidade”. “Seguimos com a nossa política de trazer jogadores dentro da nossa realidade e o Tardelli, sem dúvida, é uma grande conquista, porque vai passar seu conhecimento dentro e fora dos gramados ao grupo, sobretudo, nossos atletas mais jovens”, afirmou.
Curiosamente, a contratação marca um retorno de Tardelli ao time santista. Ele nunca jogou pela equipe principal, mas treinou com a base durante um ano, ao lado de Diego. “Foi o meu primeiro clube grande que passei nas categorias de base”, recordou o atacante. “Tenho boas lembranças aqui, a gente fez um baita campeonato na época, com Diego, de vez em quando eu subia para os juniores, que tinha o Robinho. É uma lembrança legal e hoje posso retornar aqui, totalmente diferente, com a minha história de atleta, sendo contratado por um clube grande, que é o Santos.”
Reconhecido goleador, Tardelli prometeu ajudar com aquilo que mais sabe fazer num time que vive crise ofensiva. “Espero corresponder essa expectativa de torcedores e, quem sabe, fazer história aqui no Santos. Prolongar ainda mais meu contrato e poder marcar gols, que é o que mais sei fazer”, projetou.
O ataque santista vive dificuldades desde a saída de Soteldo em abril. Marinho passou a concentrar o maior trabalho do setor, ao lado de jogadores pouco experientes como Kaio Jorge, Marcos Leonardo e Ângelo. Em maio, o setor ganhou o reforço de Marcos Guilherme, segundo jogador contratado pelo clube após o fim da punição imposta pela Fifa por dívidas – elas foram saldadas com a venda de Soteldo.
No entanto, Kaio Jorge foi negociado com a Juventus no início do mês e Marinho está fora por lesão, o que prejudicou a produção ofensiva santista nas últimas semanas. Diniz chegou a improvisar o meia Gabriel Pirani no setor na busca pelos gols. Foram apenas 19 em 17 jogos pelo Brasileirão até agora. Por falta dos gols, o time foi eliminado da Copa sul-americana na semana passada.
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