Em 2019, as doenças do aparelho circulatório corresponderam a 27% das mortes e as neoplasias, a 17,4%. O quadro foi diferente em 2020, sob o impacto da covid. Os dois índices ficaram em 22,8% e 14,7% respectivamente. E a segunda maior causa de mortalidade ficou com “doenças infecciosas e parasitárias”, que registraram 17% do total ou 264,7 mil óbitos. Em 2019 essas doenças representaram 3,6% do total.
A discussão sobre causa de morte no ano de 2020 mostrou uma mudança de padrão, tendo em vista a pandemia que vitimou 209.720 brasileiros naquele ano. A população branca apresentou o porcentual mais elevado de mortes no grupo com 70 anos ou mais: 30,1%. Os pretos ou pardos nessa faixa etária registraram 24,3%. O número de negros que chega a essa faixa etária é menor do que o de brancos.
Nos demais grupos etários, pretos ou pardos registraram porcentuais mais elevados que brancos (24,9% contra 20,7%, respectivamente). Por fim, apresenta-se a mudança estrutural dos porcentuais de mortalidade por grupos de idade em função da pandemia. Em 2019, para o grupo de 60 a 69 anos de idade, a mortalidade registrada por “doença infecciosa ou parasitária” foi de 9 por 1.000 habitantes. Em 2020, foram 56 mortes por 1 000 habitantes, sendo 47 destas pelo novo coronavírus.
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