De acordo com a organização, foram notificados 29 novos casos da doença relacionados à Olimpíada. Nenhum deles é atleta ou residente da Vila Olímpica, mais esvaziada nestes últimos dias de competição. Na conta da organização desde 1º de julho, são 387 casos, sendo 207 de pessoas contratadas para trabalhar nos Jogos.
Até agora o caso mais famoso de atleta impedido de competir no Japão por causa da covid-19 é o do americano Sam Kendricks, bicampeão mundial do salto com vara. Ele era rival do brasileiro Thiago Braz, que acabou faturando a medalha de bronze na terça-feira. Houve ainda brasileiros do atletismo que precisaram ficar isolados por ter contato com outros infectados, mas que não tiveram problemas para competir.
O crescimento diário de casos da nova doença entre pessoas ligadas à Olimpíada mostra que a “bolha” criada pelo Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio não é tão eficiente quanto foi alardeado antes do início da competição, cuja cerimônia de abertura aconteceu no dia 23 de julho.
Coincidentemente, o número de casos em Tóquio não relacionados aos Jogos também tem aumentado ao longo do grande evento esportivo. Na quinta, a capital registrou seu recorde de diagnósticos de covid para um dia só ao longo de toda a pandemia. Foram 5.042 novos casos.
O recorde diário de novos confirmados com a doença se tornou recorrente desde que a Olimpíada começou – na quarta, a marca fio de 4.166 novos infectados. Para efeito de comparação, o mês de julho terminou com 44.034 casos em Tóquio, média de 1.420 por dia. Em junho, a média havia sido de 432.
Há o temor de que os próximos dias alcancem a marca de 10 mil novos casos diários. “As infecções estão aumentando num ritmo que nunca experimentamos antes”, admitiu o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga
A Olimpíada teve início sob um estado de emergência para tentar controlar o aumento de contaminados em Tóquio e no país. Por isso, não conta com torcedores nas arquibancadas, nem japoneses e nem estrangeiros.
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