Hernán Crespo escalou um time reserva, uma vez que a principal meta do São Paulo no momento é a decisão do Campeonato Paulista contra o Palmeiras. Mas a proposta da equipe é a já conhecida: alas que apoiam bastante, trocas de bola rápida e vertical quando o espaço aparece e toques com paciência quando era necessário.
Do outro lado, porém, o Racing estava muito bem posicionado em campo, marcando a saída de bola, encurtando espaços e aproveitando os espaços deixados pelo São Paulo para atacar, principalmente pelo lado direito da defesa. Além disso, contava com a insegurança demonstrada pelos zagueiros brasileiros.
O São Paulo até criou mais chances na primeira etapa. Teve um chute de William por cima e uma conclusão sutil de Igor Gomes após cruzamento da esquerda em que Arias fez grande defesa com o pé.
Mas, com o passar do tempo, o Racing foi se sentindo mais à vontade em campo, conseguiu evitar que o São Paulo pressionasse e ganhou confiança. Acabou chegando ao gol, aos 28 minutos, numa falha dupla da defesa tricolor. Primeiro, deu espaço para Lovera cruzar com tranquilidade da esquerda. Depois, os zagueiros permitiram que Novillo se antecipasse para desviar de cabeça para o gol.
Em desvantagem, o São Paulo transformou a paciência em afobação e pressa. Com isso, passou a errar demais, facilitando os desarmes dos argentinos. Ainda assim, teve uma chance com Vitor Bueno – bateu no meio do gol e Arias defendeu – e outra em falta cobrada por cima do gol por Igor Gomes. Mas os erros preponderam e o São Paulo, a rigor, pouco produziu de prático. O Racing teve um volume menor de jogo durante a primeira etapa, mas foi mais eficiente.
O São Paulo voltou sem alterações para o segundo tempo e as dificuldades continuaram. O time tocava muito a bola, mas não conseguia penetrar na área argentina. Aos 5 minutos, o tricolor reclamou de um pênalti de Segovia em Vitor Bueno, mas o juiz entendeu que o lance na área foi normal.
A primeira boa chance do São Paulo na etapa surgiu apenas aos 14 minutos, um chute com perigo de Igor Gomes. Naquela altura, percebendo que o time não evoluía, Crespo já preparava três alterações, que fez em seguida: os experientes Daniel Alves, recuperado de contusão, Luciano e Shaylon entraram nos lugares de Orejuela, Vitor Bueno e William, respectivamente.
O São Paulo melhorou, mas o Racing continuava bem armado na defesa, fechado para segurar a vantagem e tentar especular alguma jogada ofensiva quando fosse possível. O time de Crespo se movimentava melhor, mas não conseguia fazer jogadas em velocidade. Por isso, o treinador argentino fez outra alteração. Trocou Galeano, que já dava sinais de cansaço, pelo veloz Joao Rojas.
O São Paulo era melhor em campo. No entanto, permanecia com dificuldade para concluir e, quando o fez, aos 34 minutos, Daniel Alves estava impedido e seu gol foi anulado. O Racing foi competente em segurar a vantagem e volta à Argentina líder do Grupo E.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 0 x 1 RACING
SÃO PAULO – Tiago Volpi; Diego Costa, Rodrigo Freitas e Bruno Alves; Orejuela (Daniel Alves), Rodrigo Nestor, William (Shaylon), Igor Gomes (Hernanes) e Wellington; Galeano (Joao Rojas) e Vitor Bueno (Luciano). Técnico: Hernán Crespo.
RACING – Arias; Fabrício Domínguez, Segovia (Sigali), Orban e Novillo; Galván (Mena), Anibal Moreno, Martínez, Rojas (Piatti) e Lovera (Leonel Miranda); Godoy (Copetti). Técnico: Juan Antonio Pizzi.
GOL – Novillo, aos 28 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Fabrício Domínguez, Wellington, Rodrigo Freitas, Copetti.
ÁRBITRO – Jesus Valenzuela (Venezuela).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
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