“Foi mais um jogo duríssimo por aqui. Estou muito feliz mesmo de poder fazer mais uma quartas de final num Grand Slam, ainda mais em Nova York, que gosto muito das condições e é o meu melhor Grand Slam. Foi uma partida muito disputada e decidida no detalhe. Acho que a chave do jogo foi ter começado o terceiro set bem firme. No fim do segundo set nós sentamos ali, conversamos e ‘resetamos’ a cabeça. Sabíamos que era necessário começar o terceiro set com tudo e deu tudo certo. Espero que a gente consiga seguir assim, passo a passo e rumo à final”, analisou o tenista mineiro.
Atual campeão nas duplas, Soares vem mostrando boa forma física e técnica, apesar da dificuldades enfrentadas nos últimos meses. Ele perdeu a chance de disputar os Jogos Olímpicos quando apresentou uma crise de apendicite durante o voo para a capital japonesa e precisou ser submetido a uma cirurgia. Por isso, ficou dois meses sem entrar em quadra.
“Toda vez que acontece esse tipo de coisa a nossa perspectiva de mundo muda um pouco, né? A gente começa a valorizar cada vez mais as coisas, mais detalhes que antes passavam batidos. Essa energia extra acabou funcionando muito bem”, comentou o brasileiro, ao relacionar a boa atuação desta segunda com as dificuldades recentes.
Nas quartas, Soares e Murray vão ter o maior desafio pela frente até agora na chave do US Open. Eles vão enfrentar o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos, também especialistas em duplas. Ambos foram a parceria cabeça de chave número dois.
Medalhista de bronze na Olimpíada, Luisa Stefani segue no embalo do grande feito. Ela e a canadense Gabriela Dabrowski venceram mais uma e também se garantiram nas quartas. Desta vez, precisaram buscar a virada sobre as ucranianas Marta Kostyuk e Dayana Yastremska por 6/7 (5/7), 6/4 e 6/2.
Com o resultado, Stefani já iguala sua melhor campanha um Grand Slam, obtido justamente no US Open, no ano passado. Na briga pela vaga na semifinal, ela e Dabrowski vão enfrentar as vencedoras do confronto entre as irmãs australianas Anastasia e Arina Rodionova e as checas Marie Bouzkova e Lucie Hradecka.
CHAVES DE SIMPLES – Atual vice-campeão e candidato ao título neste ano, o alemão Alexander Zverev fez mais uma vítima nesta segunda. Ele venceu em sets diretos o italiano Jannik Sinner, aposta da nova geração, por 6/4, 6/4 e 7/6 (9/7). Nas quartas, ele vai duelar com o sul-africano Lloyd Harris, algoz do local Reilly Opelka por 6/7 (6/8), 6/4, 6/1 e 6/3. Harris faz sua melhor campanha e faz boa temporada. Em Washington, antes do US Open, chegou a vencer o espanhol Rafael Nadal.
O italiano Matteo Berrettini também se garantiu nas quartas. Com certa dificuldade, ele superou o alemão Oscar Otte por 6/4, 3/6, 6/3 e 6/2. Ele poderá cruzar com o sérvio Novak Djokovic na sequência.
No feminino, a suíça Belinda Bencic, campeã olímpica em Tóquio, despachou a polonesa Iga Swiatek, campeã de Roland Garros no ano passado, por 7/6 (14/12) e 6/3. Embalada, enfrentará nas quartas a surpreendente jovem britânica Emma Raducanu, uma das sensações deste US Open.
A tenista de apenas 18 anos despachou a americana Shelby Rogers, que havia eliminado a número 1 do mundo Ashleigh Barty, por 6/2 e 6/1. A atual 150ª do ranking veio do qualifying e disputa a chave principal do US Open pela primeira vez na carreira. E compete apenas pela segunda vez em um Grand Slam.
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