De janeiro a agosto de 2024, o comércio paranaense registrou um crescimento de 5,5%, superando o índice nacional de 4,5%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em um período de 12 meses, o Paraná apresentou um desempenho semelhante ao Brasil, com crescimento de 3,6%, próximo dos 3,7% nacionais.
O cenário positivo anima o setor, que está otimista para as festas de fim de ano e o fechamento de 2024. “Tudo indica que teremos um ano de 2024 positivo e forte no comércio brasileiro e paranaense”, afirma Lucas Dezordi, economista e assessor econômico da Fecomércio PR.
Expectativas para Black Friday e Natal
Com a chegada da Black Friday, em novembro, e do Natal, o comércio varejista se prepara para impulsionar as vendas. A Black Friday é esperada como um grande estímulo para o setor, com 62% dos consumidores planejando gastar até R$ 3 mil nas promoções, segundo a Pesquisa de Intenção de Compras realizada com mais de 3 mil brasileiros. Dentre os entrevistados, 64,3% indicam que planejam as compras, 44% economizaram nos últimos meses e 20,3% pretendem utilizar parte do 13º salário para aproveitar as ofertas.
Desempenho de agosto
Em agosto, o comércio varejista ampliado no Paraná teve uma retração de 1,3% em comparação a julho, enquanto o Brasil registrou uma queda de 0,8%. Esse ajuste, segundo o economista Lucas Dezordi, não representa uma mudança de tendência, mas um realinhamento no volume de vendas. Em comparação com agosto de 2023, o comércio paranaense teve um crescimento de 5,2%, acima da média nacional de 3,1%.
Os setores que mais se destacaram no estado foram o de veículos e motocicletas, com um crescimento de 16,6%, e o de móveis e eletrodomésticos, que aumentou 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Otimismo para o fim de 2024
Com a proximidade das festas de fim de ano, o comércio paranaense se mantém otimista. A Black Friday e o Natal são esperados para fortalecer ainda mais o crescimento do setor, que já mostra sinais consistentes de recuperação e expansão.
Brasil
Intenção de consumo apresenta queda
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,6% de setembro para outubro, descontados os efeitos sazonais, o quarto resultado negativo consecutivo e o mais intenso no período. A diminuição da intenção pode ser percebida também na análise anual, com queda de 1,2%. O indicador ainda se mantém no nível de satisfação com 103,2 pontos; porém, está no menor patamar desde março deste ano. É o que revela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Segundo a CNC, todos os componentes apresentaram movimento de queda, com exceção da Perspectiva Profissional, que não apresentou alterações. O Momento para Duráveis teve a maior redução da sua taxa, apresentando uma redução anual igual à sua redução no último mês (-1,8%). Na análise geral, o Emprego Atual é o item com maior pontuação na ICF, o que demonstra a satisfação dos trabalhadores. Em outubro, a Perspectiva Profissional dos consumidores foi o único item que não obteve redução na comparação mensal, mantendo o menor saldo desde junho de 2023.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, diz que os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo. “O principal subindicador do índice foi a queda de intenção de consumo de bens duráveis, caindo 1,8% na variação mensal, e o consumo de perspectiva em curto prazo também caiu, com 1,2% de queda no mês. (ABr).
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