Comitiva de Sulina conhece cooperativas de tratamento de água em Palmitos

* Com assessoria

Buscando conhecer a realidade das cooperativas de tratamento de água em Palmitos (SC), uma comitiva de Sulina esteve no município nos últimos dias para visitar essas estruturas, as quais foram fundadas para suprir a deficiência de água para o consumo humano, bem como na produção agrícola em granjas de criação de suínos e aves.

Isso porque Palmitos é referência em toda a região na implantação de sistemas de captação, tratamento e distribuição de água para as comunidades.

A primeira cooperativa do município foi fundada em 2003, sendo que atualmente Palmitos conta com três cooperativas e quatro associações em funcionamento com essa finalidade. “Elas cobrem cerca de 90% do território do município catarinense, sendo que 75% de toda a água tratada pelas cooperativas e associações são destinados ao consumo da produção animal”, informa o secretário de Administração e Finanças, Gelso Chioquetta, que participou da comitiva.

Ela explica que o custo da implantação é bancado pela participação financeira dos sócios; emendas parlamentares, destinadas às cooperativas ou associações; e pelo poder Público. Existe ainda, em Palmitos, outras 14 pequenas estações de tratamento de água, instaladas em propriedades particulares para produção de suínos e aves. “Por isso, Palmitos foi escolhido para a visita técnica, coleta de dados e informações para possível implantação desse sistema nas comunidades e arredores de Linha Sede Ouro e Linha Queixo D’anta em nosso Município, que têm enfrentado sérias dificuldades no abastecimento de água para consumo humano”, justifica Chioquetta.

Visita

Além do secretário de Administração e Finanças, a comitiva foi composta pelo prefeito Paulo Horn; vice Ari Pedro Lorini; vereadores Waltercir Ernzen, Evandro Alcantara, Jurandir Siqueira e Lindomar Gaspar da Silva; e o munícipe Paulo Ernzen, que esteve a princípio na Câmara de Vereadores e na Prefeitura de Palmitos, os quais se colocaram à disposição de Sulina para colaborar com a implantação também do sistema.

Na ocasião, o prefeito Paulo Horn agradeceu a receptividade do Legislativo e do Executivo do município catarinense. Também destacou a importância dessa visita, que buscou conhecimento “na questão hídrica, para podermos aplicar em nosso Município [dentro das possibilidades financeiras], objetivando a futura solução da deficiência de água nas comunidades de Sede Ouro e Queixo D’anta e seus arredores”.

Após isso, o químico e responsável técnico de todas as estações de tratamento de água, Walmor Ertel — funcionário cedido pela Prefeitura de Palmitos às cooperativas e associações daquele município —, acompanhou a comitiva nas visitas técnicas em duas estações de captação, tratamento e distribuição de água.

A primeira foi a Cooperativa de Captação e distribuição Vale do Rio Uruguai (CoperUruguai), fundada em 2009, com capacidade de tratar 30 metros cúbicos de água por hora. Presidida por Albino Costa, ela possui 146 sócios e 88 km de rede de distribuição de água, sendo que o custo de implantação foi de R$ 730 mil.

A segunda estação visitada foi a Cooperativa de Captação e Distribuição de Água da Região Leste (CooperLeste), fundada em 2013, com capacidade de tratar 100 metros cúbicos de água por hora. Ela possui 359 sócios e 277 km de rede de distribuição de água, sendo que o custo de sua implantação foi de R$ 6 milhões. O químico explicou como estas cooperativas foram fundadas; como são mantidas pelos próprios usuários; e como se dá a captação, o tratamento, o armazenamento e a distribuição da água.

Também como é feita captação de recursos entre os sócios para a implantação de uma cooperativa; o valor pago mensalmente por cada sócio; a manutenção da estação de tratamento e da rede de distribuição; a leitura mensal para apurar o consumo individual dos sócios; entre outros pontos para o funcionamento.

Custo

Conforme Chioquetta e o prefeito Paulo Horn, o custo estimado para a implantação de um sistema para a captação, tratamento e distribuição de água de 120 mil litros de água por dia em Sulina é de, aproximadamente, R$ 230 mil. Eles afirmam que agora serão licitados os projetos para realizar os estudos de viabilidade, verificando de forma concreta os custos. “Após a confecção dos projetos técnicos necessários, o Município de Sulina não medirá esforços para buscar esse valor junto aos órgãos competentes e, com as comunidades envolvidas, para dentro das possibilidades poder solucionar a falta de água tratada para a população, que também terá participação muito importante na implantação do projeto”, finalizam.

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