Além dele, também está desembarcando aqui a atualização do Q5, por R$ 309.990. Segundo a Audi, durante o período de pré-venda foram comercializadas 823 unidades dos dois modelos alemães.
Em um longo test-drive entre as cidades de São Paulo e Poços de Caldas (MG), foi possível avaliar toda a tecnologia oferecida pelos SUVs, que têm motor 2.0 TFSI de 249 cv de potência e 37,7 mkgf de torque. O quatro-cilindros a gasolina é acoplado ao câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens, que conta com a ajudazinha do sistema elétrico mais parrudo. Assim, o conjunto híbrido leve funciona no modo 100% elétrico entre 55 km/h e 160 km/h.
Já que o novo Q5 mudou pouco em relação ao anterior – com atualizações só na dianteira -, partimos de São Paulo a bordo do Q5 Sportback. O modelo, até então inédito no País, foi lançado recentemente na Europa.
Tanto a base mecânica quanto o acabamento e os recursos eletrônicos são comuns aos dois modelos. A principal diferença são as linhas da traseira. Ou seja, a queda acentuada a partir da coluna central (B), dá um aspecto de cupê ao SUV.
Seja como for, essas características não comprometem suas capacidades. O porta-malas, por exemplo, é apenas 10 litros menor que o da versão convencional. E, apesar de ser 7 milímetros mais comprido que o irmão, as demais medidas são exatamente iguais.
SEGURANÇA
Assim também são as lanternas e os faróis. Aliás, no carro avaliado, de topo da gama, os faróis eram do tipo full-LEDs Matrix. Ou seja, podem ajustar, automaticamente, os fachos de luz conforme a situação, bem como ligar e desligar a luz alta por conta própria. Isso evita que os motoristas que vêm no sentido contrário ou que estejam à frente sejam ofuscados pelas luzes do Audi.
Além disso, no Q5 Sportback há controle de velocidade de cruzeiro adaptativo e alerta de saída involuntária da faixa de rolagem. Ou seja, o SUV mantém a distância predefinida do veículo à frente. Para isso, o Audi acelera e reduz a velocidade sozinho. Nas primeiras vezes em que isso acontece, é comum o motorista deixar o pé da esquerda em alerta. Mas, com o tempo, essa insegurança passa.
O Q5 Sportback avaliado também tinha tração nas quatro rodas, que colabora com a segurança. Bem como o Audi Drive Select, que permite escolher entre vários modos de condução. Ou seja do mais econômico ao esportivo. Todo o comportamento – da firmeza das suspensões à velocidade das trocas de marcha e atuação dos freios, por exemplo – mudam.
A tela da central multimídia, de 10,1 polegadas e sensível ao toque, permite ajustar várias funções do carro. Bem como acessar o navegador GPS e conectar o smartphone por meio de Bluetooth. O melhor de tudo é que, finalmente, a Audi abandonou o seletor posicionado no console central. Além disso, o Q5 Sportback tem ar-condicionado digital de três zonas e carregador de smartphone sem fio (por indução), entre outros.
Aliás, por falar em comodidade os bancos dianteiros têm ajustes elétricos, memória, aquecimento e massagem. Já para quem viaja atrás há ar-condicionado exclusivo (a tal terceira zona) e duas portas USB.
E por falar na parte traseira, mesmo com a linha descendente do teto há bom espaço para os passageiros. Segundo a Audi, a distância entre o assento e o teto do Q5 e do Q5 Sportback é de, respectivamente, 998 milímetros e 982 mm. Ou seja, em tese, três pessoas viajarão sem aperto para cabeças e ombros.
Para o motorista, há várias soluções interessantes. Como o chamado Audi Side Assist, nome pomposo do detector de ponto cego, bem como o aviso de risco de acidente ao abrir as portas – quando há algum objeto, pedestre ou motociclista próximo à lateral do carro.
Outro bom recurso é o head up display, que projeta, no para-brisa, as principais informações do painel de instrumentos. Isso evita que o motorista tenha de desviar os olhos da via.
Porém, aqui entramos em uma questão espinhosa. Esse equipamento é opcional e, para ter a facilidade, o interessado precisa comprar um pacote de itens que custa R$ 7.500.
E os preços altos não param por aí. Mesmo que você disponha dos R$ 395.990 necessários para levar a versão topo, S Line Black, para casa, não estará comprando um carro completo. Ou seja, no Brasil há seis pacotes de opcionais que, juntos, (pasme!) custam R$ 52.100.
Ou seja, com esse dinheiro dá para levar um Renault Kwid, que parte de R$ 45.390, pagar toda a papelada e o seguro. Assim, quem quiser um Q5 Sportback completão vai desembolsar quase R$ 450 mil.
O pacote mais caro da lista custa R$ 12 mil e inclui peças de acabamento feitas de fibra de carbono, além de rodas de liga leve de 20″. No outro extremo estão as opções diferenciadas da pintura carroceria, que saem por módicos R$ 2.200.
Mesmo assim, faltou a manta acústica da tampa do motor. Mas ok, o SUV é bem silencioso.
FICHA TÉCNICA
AUDI Q5 SPORTBACK
Preço sugerido: R$ 369.990
Motor: 2.0, 4 cil., 16V, turbo, gas.
Potência: (cv)249 a 5.000 rpm
Torque: (mkgf) 37,7 a 1.600 rpm
Câmbio: Automatizado, 7 m.
Comprimento: 4,69 metros
Largura: 2,14 metros
Entre-eixos: 2,82 metros
Porta-malas: 510 litros
Fonte: Audi
PRÓS E CONTRAS
PRÓS: EQUIPAMENTOS
Linha é muito bem recheada e, no caso da versão de topo, há itens como faróis inteligentes.
CONTRAS: PORTA-MALAS
Na unidade avaliada, sistema que abre a tampa traseira sem o uso das mãos falhou mais de uma vez.
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