Descubra com a mãe e dermatologista, Vanessa Schirr, quais cuidados e tratamentos são mais eficazes contra a flacidez abdominal, estrias, melasmas e quedas de cabelo
Para muitas mulheres a maternidade é a realização de um sonho, mas por mais belo que esse momento possa ser, são muitos os aspectos que desmistificam o conto de fadas e trazem às claras algumas das preocupações, dores e insatisfações das novas mamães. Podemos mencionar, neste contexto, as alterações no corpo, pele e cabelo que são normais, mas podem alterar a autoestima feminina trazendo desconforto e até descontentamento.
Para compreender melhor todas essas mudanças, conversamos com a dermatologista, Vanessa Schirr, que passou por uma gestação recente e agora concilia os cuidados com a Maria Rosa (4 meses) e o Augusto (2 anos), seus desafios pessoais, com a vida profissional. “Acredito que a flacidez abdominal é uma das coisas que mais me incomoda, isso porque mesmo eu tendo conseguido perder peso rápido, eu tive muita perda de massa magra também. Antes de engravidar eu fazia atividade física pelo menos três vezes por semana, musculação, mas, infelizmente, ainda não consegui encaixar as aulas na minha rotina, o que pretendo fazer em breve”, disse.
Outra coisa que Vanessa conta que irá acrescentar a sua rotina de cuidados são os tratamentos estéticos para a flacidez abdominal. “A ideia é começar com a aplicação de bioestimulador de colágeno no abdômen, principalmente na parte superior, e também fazer sessões do Ultraformer, que é o ultrassom microfocado, uma excelente tecnologia para tratar a flacidez”, explicou.
Questionada se esses tratamentos combinados podem acelerar o processo de recuperação do corpo, principalmente, na região da barriga, a médica explicou que sim, eles contribuem muito, mas fez algumas ressalvas. “Estes são procedimentos que conseguem agir com bons resultados, estimulando a produção de colágeno que é o mais importante para melhorar a flacidez, mas preciso incentivar as mulheres a entender e respeitar o seu momento, dando um tempo para o corpo se adaptar e, depois, lá pelo quarto ou quinto mês, sim, ela pode procurar uma profissional para fazer uma avaliação e iniciar os tratamentos necessários”, disse.
Ainda sobre a eficácia, Vanessa conta que o tratamento combinado de bioestimulador e ultraformer, melhoram bastante a textura da pele. “Logo, é possível perceber, que com a pele sendo reestabelecida, aquele umbigo triste e barriga flácida, vão sumindo”, contou. A mesma lembrou que o bioestimulador é uma tecnologia que atua por um período grande de tempo, não ficando restrito ao período da aplicação. “Temos, neste caso, uma duração de 18 a 24 meses que ele fica agindo e estimulando a produção de colágeno”.
Consequênicas na pele
Como já mencionado a gravidez causa grandes mudanças na pele e uma das mais comuns são os melasmas, que são manchas que surgem no rosto, principalmente, em peles mais morenas. Esta é uma queixa comum, simples de ser tratada, mas que incomoda muitas mulheres e o tratamento pode ser mais demorado que o idealizado.
A dermatologista explica que para o surgimento do melasma é necessário que exista uma predisposição da mulher, relacionada a alterações hormonais. “A exposição ao sol é o gatilho que desencadeia o surgimento dessa condição e na gestação na é diferente, então é muito importante que a futura mamãe faça uso do protetor solar, preferencialmente, com cor, porque ele consegue fazer uma camada a mais, aumentando a barreira física de proteção”, contou.
A exposição ao calor também pode ser um gatilho, portanto, banhos excessivamente quentes, locais de trabalho que tem exposição de calor, como em cozinhas, podem piorar o melasma e devem ser evitados. “Como os medicamentos não são recomendados durante a gravidez e devemos sempre que possível evitar, recomendo seguir os cuidados mencionados e após a gravidez, poderemos reavaliar e estabelecer um tratamento mais completo. É bom lembrar que por se tratar de uma mudança hormonal, talvez, essa condição seja melhorada após o nascimento do bebê”.
Outro problema de pele que pode surgir são as estrias, principalmente na região da barriga e dos seios. “Esta é uma situação que também está relacionada, principalmente, a uma predisposição genética, porque os níveis de produção de colágeno variam de pessoa para pessoa, e também tem a questão do ganho de peso, que se for muito elevado vai favorecer o surgimento das estrias”.
“Uma observação importante para as mulheres que desejam engravidar e não querem ter estrias, é observar se na adolescência, no estirão do crescimento, ela apresentou formação de muitas estrias, porque se este for o caso, já podemos iniciar um tratamento preventivo, que pode ser com bioestimuladores de colágeno, por exemplo, além disso, recomendo mudanças na alimentação com um consumo saudável e ideal de proteínas, além de manter a hidratação da pele sempre em dia com o uso de bons cremes hidratantes”, ensinou a dermatologista.
A mesma explica que após a gravidez, novos tratamentos podem ser realizados, como o microagulhamento e sessões de alguns tipos de laser que renovam e melhoram a textura da pele. “É bom lembrar que a estria fácil de ser tratada é aquela que está “avermelhadinha”, porque depois que ela fica branca, ela é considerada uma cicatriz bem mais difícil de ser tratada”.
Para finalizar, Vanessa Schirr, lembrou que após a gravidez, também é comum a mulher ter um período chamado de eflúvio telógeno, caracterizado pela queda dos cabelos. “Eu mesma entrei nesse processo, mas estou muito tranquila, porque realizei meus exames e sei que não tenho carência de vitaminas, então sendo esta uma condição autolimitada, decorrente apenas da oscilação hormonal, mesmo se não tratarmos, sabemos que o problema vai melhorar espontaneamente”, tranquilizou.
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