Já a área plantada deve alcançar 68,7 milhões de hectares, ou 4,2% mais ante 2019/20. O destaque fica com a soja, com aumento de 1,6 milhão de hectares, e para o milho segunda safra, com ganho de 8,4%, o que corresponde a 1,15 milhão de hectares.
A revisão para baixo na colheita total ocorreu por causa de problemas climáticos nas lavouras de segunda safra, que afetaram as estimativas de produtividade, segundo a Conab. “Apesar da queda de 9,57 milhões de toneladas comparada à estimativa do mês anterior, o volume total a ser colhido ainda é superior ao da safra passada”, ressalta o boletim da estatal.
A principal quebra nas lavouras de inverno ocorreu com o milho de segunda safra, por cauda da baixa incidência de chuvas entre abril e maio. Assim, a Conab estima colheita total do grão em 96,4 milhões de toneladas, sendo 24,7 milhões de toneladas na primeira safra, 69,9 milhões na segunda e 1,7 milhão na terceira, queda de 6% ante a produção de 2019/20. “A queda esperada se deve, sobretudo, ao retardamento da colheita da soja e, em consequência, o plantio de uma grande parte da área do milho segunda safra fora da janela indicada.”
Para a soja, a Conab consolidou o recorde previsto no levantamento anterior. Com a colheita encerrada, a produção fechou em 135,86 milhões de toneladas, ou 8,8% mais ante 2019/20, ou, ainda, 11 milhões de toneladas a mais, o que mantém o País como principal produtor da oleaginosa.
Em relação ao feijão, a colheita deve se manter em 3 milhões de toneladas nas três safras do grão. A segunda safra está em colheita e a terceira em fase de plantio. “Outro importante produto para os brasileiros, o arroz tem produção estimada em 11,6 milhões de toneladas, aumento de 4% frente ao volume produzido na safra anterior.”
No caso das culturas de inverno, o plantio foi iniciado em abril e intensificado em maio. Destaque para o trigo, produto no qual as estimativas preliminares indicam uma área plantada de 2,5 milhões de hectares e uma produção de 6,94 milhões de toneladas.
Em relação às exportações, a Conab informa que entre janeiro e maio cresceram 65% em relação a igual período de 2020. “Já para o milho a expectativa de exportação foi reduzida de 35 milhões para 29 milhões de toneladas na safra atual, queda de 15% ante a última estimativa”, diz a estatal. “Diante desse cenário, a estimativa é de que o estoque de passagem do cereal fique próximo a 7,6 milhões de toneladas.”
Quanto à soja, a Conab estima a venda de 86,6 milhões de toneladas para o mercado externo. Confirmada a previsão, será um recorde da série histórica. Por fim, para o arroz, as exportações em abril estão em ritmo 20% menor quando comparado com igual mês do ano passado. No acumulado até maio também observa-se a queda de 68% no volume exportado, o que corrobora com a previsão de redução de 28% das exportações de arroz este ano estimadas pela Companhia.
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