“Quando o próprio Ministro da Saúde aponta, em entrevista coletiva, que ocorreram pouco mais de 25.000 aplicações de vacinas diferentes daquela recomendada para os adolescentes, temos que primeiramente considerar se o dado é real, uma vez que erros de registro vêm sendo identificados, tanto por eventual esgotamento dos servidores, como por dificuldades relacionadas aos sistemas de informação”, dizem as entidades. “Importante considerar também que o montante referido anteriormente representa 0,75% das mais de 3,5 milhões de doses já aplicadas neste grupo populacional”, acrescentam.
Queiroga afirmou hoje que vários Estados e municípios aplicaram doses de Coronavac, Janssen e AstraZeneca em adolescentes entre 12 e 17 anos. O único imunizante autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa etária é o da Pfizer.
O ministro da Saúde também orientou a interrupção da vacinação de adolescentes sem comorbidades, alegando falta de evidência científica sólida. A Anvisa reagiu e publicou nota confirmando a segurança e eficácia das doses da Pfizer em pessoas de 12 a 17 anos, posição que recebeu apoio dos secretários estaduais e municipais.
“Conass e Conasems reafirmam sua confiança na Anvisa e nas principais agências sanitárias regulatórias do mundo, que afirmam a segurança e eficiência da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças com 12 anos de idade ou mais”, dizem as entidades, em nota. “Também confiamos na Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a aplicação desse imunizante após o término da vacinação dos públicos de risco prioritários”, completam.
Ao final, Conass e Conasems ainda voltaram a defender a manutenção da imunização de adolescentes, ao contrário do ministério da Saúde, o que já tinha sido explicitado em outra nota divulgada anteriormente.
Comentários estão fechados.