A menina desapareceu após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, vizinha a São Roque. A cidade se mobilizou em busca da criança. O corpo dela foi encontrado oito dias depois, em uma mata, próxima da cidade. Ela estava com os pés e mãos amarrados e o corpo atado a uma árvore. Os patins foram encontrados ao seu lado. A morte se deu por asfixia. O crime causou grande repercussão. O primeiro a ser preso, o ajudante de pedreiro Júlio César Lima Ergesse, apontou o casal como autor do crime.
Os dois negaram, mas um cão farejador detectou o cheiro de Vitória na casa de Bruno e o odor dele no local em que o corpo da menina foi encontrado. A investigação apurou que Bruno havia sido contratado por um traficante para dar um susto na filha de um morador da cidade que lhe devia R$ 7 mil por drogas. O casal, no entanto, sequestrou a menina errada. Após descobrir o engano, os dois teriam decidido matar Vitória. Julgado primeiro, Ergesse foi condenado a 34 anos de prisão. A defesa entrou com recurso e a pena foi reduzida para 23 anos.
Desde a época do crime o casal está preso em penitenciárias de Tremembé, no Vale do Paraíba. Durante o julgamento, iniciado na segunda-feira, 8, Mayara optou pelo silêncio e Bruno voltou a negar o crime. A sentença foi dada no final da noite desta terça-feira, 9. O quarto envolvido no crime, Odilan Alves – o traficante que contratou o casal para dar um susto na outra menina – já cumpre pena por tráfico e ainda será julgado pela morte de Vitória. A defesa do casal informou que vai entrar com recurso.
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