Já em valores corrigidos pela inflação, o investimento no ano passado totalizou R$ 32 bilhões, o que representa uma queda de 8,6% ante a média dos últimos cinco anos também corrigida, que foi de R$ 35 bilhões.
O foco dos aportes foi na expansão das redes de fibra ótica pelo País, bem como continuidade da implantação da internet móvel 4G e preparação para a chegada do 5G.
Segundo cálculo da Conexis, desde a privatização no fim da década de 1990, o setor já aplicou mais de R$ 1 trilhão em valores atualizados e incluindo o pagamento de outorgas. Só em investimentos, o valor já se aproxima de R$ 900 bilhões.
“Estamos mantendo os investimentos mesmo num cenário de queda na receita do setor. A receita bruta de telecomunicações ficou em R$ 249 bilhões em 2020, uma redução de 2% em relação ao ano anterior”, afirmou o presidente executivo da Conexis, Marcos Ferrari.
“Inadiavelmente, temos que passar por uma reforma tributária que melhore essa relação e aumente o benefício para o consumidor”, cobrou, em nota.
Ferrari destacou ainda que grande parte do investimento está sendo aplicada na instalação de fibra óptica. “Estamos no topo da curva de adoção do 4G, o investimento é em expansão da rede, fibra óptica. Na fibra que chega na casa do cidadão. A maior parte dos investimentos é voltada para isso”, explicou.
Em 2020, a mão-de-obra do setor teve um aumento de 4,4%. Com isso, o número de empregos diretos no setor passou de 483 mil para 504 mil. O aumento dos postos de trabalho no setor de telecomunicações ocorreu em um ano em que houve uma redução de 7,3 milhões na população ocupada do País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Conectividade
O número de acessos a serviços de telecomunicações passou de 308,8 milhões para 315,7 milhões na comparação anual, alta de 2,2%.
A banda larga fixa cresceu 10% em 2020, com 3,4 milhões de novos acessos, enquanto a internet móvel cresceu 5,3%, com a ativação de 10,5 milhões de novos acessos.
A telefonia móvel também cresceu no ano passado, com 7,4 milhões de novos acessos, alcançando 234,1 milhões de celulares em todo o país.
O crescimento só não foi maior devido à retração da telefonia fixa e da TV por assinatura – esta última que tem sido substituída por serviços de streaming de vídeo.
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