A coordenadora de Projetos da Construção da FGV do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Ana Maria Castelo, ressalta em nota o resultado positivo em ambos os componentes do ICST, de situação atual e de expectativas. A pressão dos preços de matérias-primas, por outro lado, continua sendo um grande obstáculo.
“Prevaleceu a percepção de que a alta dos preços não está afetando a demanda, que voltou a crescer. A grande questão que se levanta é em que medida essa melhora se sustenta, ou seja, se a demanda suportará o repasse dos aumentos de custo”, afirma Castelo em nota.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 4,0 pontos, para 89,5 pontos, maior nível desde fevereiro (90,0). O avanço do ISA-CST foi influenciado pela melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 6,2 pontos, para 92,6.
O Índice de Expectativas (IE-CST) teve alta de 6,4 pontos e chegou a 95,4, patamar mais elevado desde dezembro de 2020 (95,5). Segundo a FGV, o desempenho reflete melhora no indicador de demanda prevista, que avançou 8,2 pontos, para 95,9, e no de tendência dos negócios, que subiu 4,3 pontos, para 94,8.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção avançou 3,0 pontos porcentuais (pp), para 77,4%. O NUCI de Mão de Obra deu a maior contribuição, com alta de 3,2 pp, chegando a 78,9%, seguido pelo NUCI de Máquinas e Equipamentos, que subiu 0,8 p.p, de 69,5% para 70,3%.
A FGV acrescenta que a melhora no ambiente de negócios corrente e futuro foi puxada pelos segmentos de Edificações Residenciais e Não Residenciais e de Serviços Especializados. A confiança das empresas de infraestrutura cresceu menos, mas está em melhor nível.
“Vale notar que de acordo com o Caged, nos primeiros quatro meses do ano, nos três segmentos, as contratações superaram as demissões, mas Edificações e Serviços têm liderado a geração de emprego com carteira no setor”, acrescenta Castelo. “A alta das expectativas sinaliza continuidade desse movimento de geração líquida de empregos na construção.”
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