“Os empresários da construção ajustaram suas expectativas de melhoria contínua dos negócios”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, em nota. “Vale notar que a percepção predominante voltou a ser de que o cenário atual é melhor que o de antes da pandemia, corroborando as projeções de retomada do setor.”
O aumento da confiança foi puxado pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que avançou 2,5 pontos no mês, a 91,9 pontos – o maior nível desde dezembro de 2020 (92,4). O subíndice de situação atual dos negócios subiu 2,1 pontos, para 90,4 pontos, e o de carteira de contratos avançou 2,9 pontos, para 93,5 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST), na outra ponta, recuou 1,3 ponto, para 100,9 pontos, após três meses seguidos de alta. A queda foi puxada pelo indicador de tendência dos negócios, que cedeu 3,1 pontos, para 98,9 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da construção também apresentou queda, de 0,6 ponto porcentual, para 73,1%. A contração foi puxada pelo Nuci de mão de obra, que cedeu 0,9 ponto porcentual, para 74,3%. O Nuci de máquinas e equipamentos subiu 0,5 ponto, para 67,1%.
Segmentos
Entre os segmentos da construção, o destaque é o de Obras de Acabamento, cuja confiança atingiu 108,8 pontos em agosto – acima do nível de 100 pontos, considerado neutro. Em agosto de 2019, quando a construção ensaiava uma recuperação, o nível era de 79,8 pontos.
“O segmento de Preparação de Terrenos, que é antecedente do ciclo de obras, também se sobressai, tanto no nível do indicador de confiança, quanto no avanço em dois anos, corroborando a percepção de retomada setorial”, observa Castelo. A confiança do setor atingiu 104,4 pontos em agosto, acima dos 96,9 pontos de igual período de 2019.
A confiança do setor de Edificações Residenciais e Não Residenciais atingiu 89,2 pontos em agosto, acima dos 84 pontos de dois anos atrás. As Obras Viárias avançaram a 97,2 pontos, de 84 pontos em agosto de 2019. E o setor de Obras de Artes Especiais e Outros Tipos avançou a 97,5 pontos, de 94,8 antes.
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