A quarta retração consecutiva reflete um recuo tanto no Índice de Situação Atual (ISA) quanto no Índice de Expectativas (IE). O ISA cedeu 4,6 pontos, para 103,7 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (97,8 pontos). As aberturas de nível de estoques, com queda de 7,9 pontos para 103,3 pontos, e de situação atual dos negócios, com recuo de 4,0 pontos para 102,2 pontos, também registraram o menor valor desde agosto do ano passado. A demanda total caiu 1,2 ponto, para 105,4 pontos.
Já o IE cedeu 1,6 ponto, para 100,3 pontos, menor nível desde maio deste ano (99,0 pontos), puxado pela queda de 4,3 pontos em emprego previsto para os próximos meses, a 103,8 pontos, com menor nível desde maio (101,5 pontos). A tendência dos negócios para os próximos seis meses manteve declínio pelo quarto mês consecutivo, recuando 2,1 pontos em novembro, para 97,2 pontos, menor valor desde setembro de 2020 (96,5 pontos). Por outro lado, após dois meses de queda, as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses subiram 1,5 ponto, para 99,9 pontos.
“A confiança de novembro sinaliza uma mudança na trajetória de recuperação da indústria de forma disseminada, com 15 dos 19 segmentos apresentando queda da confiança. Essa piora decorre de uma deterioração do cenário corrente e de piora das perspectivas futuras”, analisa em nota a economista do FGV/Ibre Claudia Perdigão. “A retração da confiança ocorre em um momento em que a inflação avança, reduzindo a capacidade de compra dos consumidores, ao mesmo tempo em que o desemprego continua elevado. Soma-se a esses pontos choques de custos e gargalos de logística. Como resultado, o setor pode terminar 2021 com o otimismo em queda.”
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) cedeu 0,6 ponto porcentual, para 80,7%, apesar do recuo, ainda manteve o segundo maior valor desde novembro de 2014.
O levantamento contou com informações de 1.059 empresas entre os dias 3 e 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 27 de dezembro.
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