O avanço pelo terceiro mês consecutivo reflete uma acomodação, em patamar elevado das avaliações sobre o momento, explica em nota a economista Claudia Perdigão, do FGV/Ibre. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, para 111,8 pontos, influenciado pelo avanço de 7,7 pontos em nível de estoques, para 114,4 pontos, maior nível desde março. Os indicadores para demanda total e situação atual dos negócios, por sua vez, caíram 3,2 pontos, para 110,4 e 109,3 pontos, respectivamente.
“As empresas ainda enfrentam um cenário de escassez de insumo, possibilidade de racionamento energético e alta incerteza econômica, que tende a limitar uma alta mais expressiva da confiança nos próximos meses”, acrescenta Claudia Perdigão. Houve desaceleração do otimismo da empresa para os próximos meses, com alta de 0,9 ponto no Índice de Expectativas (IE), para 104,9, após avanço de 5,0 pontos em junho. Tanto o IE quanto o ISA retornaram ao patamar de janeiro deste ano.
Dos indicadores que integram o IE, emprego previsto para os próximos três meses aumentou 1,4 ponto, a 108,3, maior valor desde janeiro (108,6). A tendência dos negócios para os próximos seis meses também avançou 1,4 ponto, a 105,4, nível mais elevado desde fevereiro (107,1). A produção prevista para os próximos três meses permaneceu relativamente estável ao passar de 100,9 para 100,6 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,7 ponto porcentual, para 80,1%, maior nível desde novembro de 2014 (80,3%). O levantamento contou com informações de 1.062 empresas entre os dias 1º e 26 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 27 de agosto.
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