O avanço pelo segundo mês consecutivo reflete a melhora das expectativas para os próximos meses, explica em nota a economista Claudia Perdigão, do FGV/Ibre. O Índice de Expectativas (IE) subiu 5,0 pontos, para 104,0, e a melhora das perspectivas ocorreu em 13 dos 19 segmentos pesquisados.
Dos indicadores que integram o IE, a maior contribuição partiu de produção prevista para os próximos três meses, que subiu 7,8 pontos e chegou a 100,9, maior valor desde janeiro (101,8). O emprego previsto para os próximos três meses avançou 5,4 pontos, para 106,9, e já recuperou 76,1% da queda de janeiro a maio deste ano. A tendência dos negócios, por sua vez, variou 1,7 ponto, para 104,0.
O Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de 1,8 ponto, para 111,3, após cinco meses consecutivos de queda. O resultado da pesquisa, diz Perdigão, é influenciado pela recuperação das economias externas e pelo avanço do processo de vacinação no País.
“Apesar disso, é preciso cautela considerando que o setor ainda enfrenta dificuldades com escassez de insumos e aumento dos custos que incluem a mudança de bandeira para a energia elétrica, podendo ser fatores limitadores para uma recuperação mais robusta no segundo semestre”, ressalta a economista.
Dos componentes do ISA, demanda total subiu 6,5 pontos e situação atual dos negócios avançou 4,9 pontos, para 113,6 e 112,5 pontos, respectivamente. Com esses resultados, a demanda total retornou ao nível de janeiro, enquanto a situação atual dos negócios aproximou-se do valor de dezembro de 2020. Já o nível de estoques caiu 6,3 pontos, para 106,7, menor nível desde agosto de 2020.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,6 ponto porcentual, para 79,4%, maior nível desde janeiro (79,9%).
O levantamento contou com informações de 1104 empresas entre os dias 1 e 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 28 de julho.
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