Com a aproximação da Semana Santa, o consumo de peixes torna-se uma tradição em muitos lares. No entanto, a Vigilância Sanitária estadual ressalta a importância de precauções não apenas na compra, mas também no preparo e conservação desses alimentos.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destaca a necessidade de atenção redobrada por parte dos consumidores ao adquirir pescados, dado seu caráter perecível e exigência de cuidados específicos. Aspectos como coloração, odor, temperatura de conservação e, no caso dos produtos congelados, informações do rótulo merecem atenção especial.
“A escolha dos pescados é excelente para uma dieta saudável, pois são ricos em nutrientes. No entanto, por serem altamente perecíveis, é fundamental que os consumidores adotem medidas de cuidado desde a compra até o momento de servir o prato”, alerta Luciane Otaviano de Lima, coordenadora da Vigilância Sanitária da Sesa.
Luciane destaca a importância das boas práticas de manipulação durante o preparo dos alimentos em casa. Isso inclui lavar as mãos com água e sabão antes e depois de manipular os alimentos, evitar descongelar os produtos em temperatura ambiente, manipular alimentos crus em superfícies limpas e separá-los de produtos cozidos ou prontos para consumo, a fim de evitar a contaminação cruzada. Além disso, os alimentos prontos e quentes devem ser servidos o mais rápido possível para garantir sua segurança.
Com essas precauções simples, é possível desfrutar dos benefícios nutricionais dos peixes de forma segura e saudável durante a Semana Santa e em qualquer época do ano.
Confira algumas orientações que auxiliam na escolha de um bom pescado para a Semana Santa:
Peixes frescos
- a temperatura de conservação deve estar próxima de 0º C (em gelo ou balcões refrigerados);
- a superfície deve ser úmida, com brilho metálico, sem pigmentação estranha;
- deve ter escamas firmes e bem aderidas à pele;
- os olhos devem ser brilhantes e salientes, ocupando toda a cavidade orbitária;
- brânquias com coloração avermelhada, úmidas, brilhantes e sem viscosidade;
- a carne deve estar firme, elástica e não deixar impressão duradoura (ou seja, não deixar marcas) à pressão dos dedos;
- deve ter odor próprio, suave, característico da espécie.
Peixes congelados
- a temperatura de conservação deve ser mantida em torno de -18º C (geralmente filetado ou em postas);
- a embalagem deve estar íntegra e cobrir todo o pescado;
- o consumidor deve observar as informações obrigatórias de rotulagem: denominação de venda, tipo do pescado, identificação da origem/fabricante, peso líquido, prazo de validade e forma de conservação;
- a presença do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), estadual (SIE) ou municipal (SIM) na embalagem, garante a fiscalização do produto na origem;
- o excesso de gelo no interior das embalagens pode ser indicativo de descongelamento e recongelamento, ou seja, é um alerta sobre a possibilidade de falhas na conservação do produto.
Peixes salgados, como bacalhau
- devem ser mantidos em local limpo, protegido de poeira e insetos;
- a superfície do corpo deve ser seca, sem limosidade, sem sinais de mofo, sem ovos ou larvas, sem manchas escuras ou avermelhadas;
- o produto não deve apresentar amolecimento ou odor desagradável.
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