Os conselheiros participaram de três votações. Primeiro, rejeitaram as contas de 2019 por apenas dois votos: 132 a 130. Nele, o déficit foi corrigido de R$ 177 milhões para R$ 195,4 milhões, após dívidas não computadas na primeira versão do documento. A revelação do erro do Departamento Financeiro teve efeito cascata, com reprovações do Cori (Conselho de Orientação), Conselho Fiscal e agora do Conselho Deliberativo.
Depois, o balanço de 2020 foi aprovado: 130 a 124. Alguns conselheiros, portanto, deixaram de votar. Por fim, o orçamento de 2021 foi aprovado pela maioria: 205 votos favoráveis e apenas 28 contrários, com duas abstenções.
Tanto a Camisa 12 quanto a Gaviões da Fiel – as duas maiores torcidas organizadas do clube -, além de chapas de oposição, fizeram campanha pela reprovação dessas contas alegando que uma anuência a esses números poderia prejudicar a relação do Corinthians com o Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). O resultado apertado dá uma noção de quanto as ideias estava bem divididas.
Fora do cargo desde dezembro, Andrés Sanchez falou com os conselheiros antes da primeira votação. O ex-presidente teria admitido erros, mas negado dolo nos problemas financeiros do Corinthians. Atual mandatário, Duílio Monteiro Alves também conversou com os votantes antes da segunda votação.
Mais cedo, o clube divulgou o balancete do primeiro bimestre deste ano, em que houve um superávit de R$ 1 milhão devido a alguns cortes de gastos no departamento de futebol. Além disso, a dívida acumulada teve uma pequena queda de R$ 6,6 milhões em relação ao final do ano passado. O valor, de R$ 950 milhões, sem contar a Neo Química Arena, ainda está próximo de R$ 1 bilhão e preocupa.
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