Na tarde de sexta-feira (9), na Câmara Municipal de Pato Branco, foi realizada audiência pública para debater a construção da Arena de Esportes Multiuso, que, segundo o projeto, deve ser construída junto ao Parque de Exposições de Pato Branco.
Porém, na oportunidade, a chefe do Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná, Flávia Ostapiv, e a secretária municipal de Meio Ambiente, Keli Starck, destacaram que a área onde pretende ser construída a arena, de acordo com o projeto, está impossibilitada por se tratar de uma área de preservação da vegetação, devido à existência de indivíduos arbóreos que não podem ser removidos. Ou seja, a existência de 242 árvores nativas, como, por exemplo, angico vermelho, camboatá (Miguel pintado), canelas, cedro (espécie ameaçada conforme Portaria MMA nº 443/2014), guabiroba, ipê roxo e Maria preta. Estas são, segundo Keli, espécies de relevância para a manutenção da biodiversidade local.
Também o que impede a construção da arena no local definido pelo projeto é o plano diretor, “que deve ser respeitado”, conforme Keli, que destacou que a área serve de colchão de amortecimento para o Parque Ambiental Vitório Piassa – Parque do Alvorecer, localizado naquela região. Além disso, há também o angico onde foram depositadas as cinzas do ex-prefeito de Pato Branco, Harry Valdir Graeff.
Deputados
O deputado estadual Luiz Fernando Guerra Filho (PSL) destacou a importância de uma arena poliesportiva em Pato Branco, como fomento ao esporte e ao lazer.
Já o deputado federal Fernando Giacobo (PL), que destinou o recurso para a construção da arena, falou sobre o projeto e contou como foram os trâmites para destinar o empenho.
Giacobo também frisou que se o problema para a construção da arena é a contrapartida do Município, que ele destinará mais verbas através de emenda livre do Ministério da Economia.
Execução
O prefeito Robson Cantu (PSD) foi questionado se pretende executar ou não a obra, e disse que “precisa construir um estádio com no mínimo sete mil lugares, porque Pato Branco deve participar da série D do Brasileirão, no ano que vem”.
Cantu chamou o secretário municipal de Engenharia e Obras, Vladimir José Ferreira, e o diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Pato Branco (IPPUPB), Gilmar Tumelero, para falarem sobre o projeto. Eles destacaram o que está e o que não está contemplado no projeto, detalhes sobre a execução e atualização dos custos.
Na sequência, vereadores, representantes de entidades e população seguiram o debate sobre a construção.
