A Alacero diz que as perspectivas de curto prazo se mostram favoráveis ao fortalecimento da demanda de aço na região. Há alguns dias, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou a atualização de abril das suas previsões para este ano, que apontam que a economia global crescerá 6%, os países desenvolvidos 5,1%, as economias emergentes 6,7% e a América Latina 4,6%; na região destacam-se o Brasil, com uma taxa de 3,7%, e o México, com 5%.
O Brasil foi o país que mais contribuiu para a melhora do desempenho da demanda de aço, com um aumento de 8,8%, e o quinto mês consecutivo acima de 2 milhões de toneladas mensais, nível que não era registrado desde junho de 2018. A Argentina também apresentou uma alta de 10,8% no consumo de janeiro, em comparação com dezembro de 2020.
As importações registraram um aumento de 5,7% na comparação com janeiro de 2020. As exportações do mês caíram 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado, porque a indústria está se concentrando em abastecer o mercado local de maneira prioritária. Este último resultado foi 12,4% inferior a dezembro do ano passado, e representou só 11,4% da produção regional em janeiro, abaixo da participação de 15,6% em 2020. Como consequência desse desempenho, houve um agravamento do déficit da balança comercial, que já tinha sido registrado em novembro e dezembro. Em janeiro, as importações representaram 35% do consumo regional, contra 33% observados durante 2020.
“Enfrentamos um período de incertezas e estamos no processo de conseguir o equilíbrio entre a demanda e a produção. No entanto, neste momento devemos cuidar das condições do mercado diante da ameaça crescente das importações e do aumento do déficit comercial”, diz Francisco Leal, diretor-geral da Alacero.
A produção acumulada de aço bruto até fevereiro (também último dados disponível) foi de 10,21 milhões de toneladas, representando um aumento de 3,9% na comparação com o mesmo período de 2020. O acumulado da produção de aço laminado cresceu 3,4%, atingindo 4,18 Mt em fevereiro, 2% acima do mês anterior.
“A recuperação macroeconômica deverá se acelerar na segunda metade do ano, e esperamos que a produção mantenha sua curva ascendente e que o consumo sustente seu crescimento em nível regional, com o déficit comercial sob controle”, acrescenta Leal.
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