Segundo a CCEE, o aumento do consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) tem sido influenciado principalmente pelo mercado livre, no qual grandes consumidores, como indústrias, shoppings ou empresas, podem negociar contratos diretamente com geradoras ou comercializadoras.
No mercado livre, o consumo cresceu 31,3% no mês passado. Excluindo as novas cargas, que entraram nesse ambiente nos últimos 12 meses, a alta teria sido de 25,4%.
No ambiente regulado, por sua vez, que inclui consumidores residenciais e grande parte dos comércios e pequenas empresas, a alta foi de 5,9% em abril. Levando em consideração o expurgo das cargas que saíram do segmento nos últimos 12 meses, o crescimento teria sido de 8,4%.
“Temos indícios de que o ano de 2021 será muito mais positivo que o anterior. Os números apontam para uma curva de aprendizagem de setores produtivos, que se reinventaram para operar diante da pandemia de Covid-19. Paralelamente, o avanço expressivo do mercado livre nesse período desafiador reforça a sua importância para a economia brasileira”, disse o presidente do conselho de administração da CCEE, Rui Altieri.
No consumo por Estado, apenas Acre e Rondônia registraram queda, de 50% e 16%, respectivamente, enquanto os demais encerram abril com números positivos, com destaque para o Ceará (21%), Rio de Janeiro (21%), Santa Catarina (18%), São Paulo (18%) e Pará (17%).
Por segmento de atuação, todas as áreas avaliadas tiveram alta em abril. A CCEE monitora o consumo em 15 setores da economia. No mês passado, o destaque foi para a produção de veículos, que consumiu 178,6% a mais em relação ao mesmo período de 2020, seguida pelos setores têxtil (92,8%), bebidas (51,3%) e manufatura (41,8%).
Vale destacar que o consumo de energia em abril do ano passado foi fortemente impactado pelas medidas restritivas de combate à disseminação do novo coronavírus no País, levando aos elevados índices verificados na comparação anual.
Geração de energia
Em abril, a geração de energia elétrica teve alta de 13,4%, somando 66.998 MW médios, sendo a maior parte fornecida por hidrelétricas, cerca de 48.367 MW médios, uma vez que é a principal fonte de energia do País, volume 6,1% maior que o montante de 2020.
Entre as demais fontes, a pela fonte do vento foi de 44,4%, térmica de 36,8% e solar de 9,1%.
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