Carille comandou duas atividades antes de estar à beira do gramado neste sábado. O treinador, conhecido por armar defesas sólidas, entende que o elenco é bom, mas já fez o pedido de reforços.
“O melhor é entrar no CT no dia a dia e olhar se necessita de alguma posição. Mas é um grupo bem equilibrado. Temos jogadores chegando, jogadores se recuperando, acredito que tem uma equipe bem forte. Agora é organizar e, ali para frente, se precisar, respeitando a situação do Santos, vamos atrás”.
O ex-técnico do Corinthians, clube pelo qual foi tricampeão paulista e ganhou o Brasileirão de 2017, desembarcou em Santos com o objetivo de afastar a equipe de perto da zona de rebaixamento. O time alvinegro, que vinha sendo comandando por Fernando Diniz, agora técnico do Vasco, tem 22 pontos e ocupa o 14º lugar. Não vence há cinco partidas, sendo duas derrotas seguidas, e precisa se reencontrar com as vitórias para não correr risco de queda.
Depois de um trabalho de um ano e meio no Al Ittihad Jedda, da Arábia Saudita, Carille considera que é possível “pensar alto” no Santos, embora evite fazer previsões. “Vamos pensar em subir na classificação, em Libertadores, mas não sou de projeção”.
O treinador disse que a torcida “pode esperar um time bem organizado”. Mas isso leva tempo. No curto prazo, a vitória tem de vir rapidamente, e, com curto tempo de trabalho, não haverá muitas mudanças em relação aos titulares que vinham jogando. Diante dos baianos, para que a engrenagem retome o seu funcionamento, é provável que Marinho, o craque do time, volte a ser relacionado.
O atacante não joga desde 28 de julho, quando defendeu o Santos contra o Juazeirense, pela Copa do Brasil. Marinho virou desfalque desde então por causa de dores no músculo reto femoral da coxa esquerda. O problema, contudo, se tornou maior depois que um “procedimento” para tratar a contusão teria causado um hematoma no local, ampliando o afastamento do jogador dos gramados.
Marinho disse se tratar de uma cirurgia, novamente sem explicar exatamente qual teria sido a operação. Desde o encontro com o Juazeirense, o atacante já perdeu dez partidas do Santos, por diferentes competições.
Certo é que o zagueiro Kaiky segue fora. O defensor teve uma lesão no reto femoral constatada em 21 de agosto e o prazo de recuperação é de um mês.
BAHIA – Depois de reencontrar o caminho das vitórias ao bater o Fortaleza, por 4 a 2, no último final de semana, o Bahia volta a campo. A última vez que o time tricolor venceu longe dos seus domínios foi no dia 4 de julho, quando fez 2 a 0 na Chapecoense, em Chapecó (SC). Desde então, foram cinco derrotas e um empate como visitante.
Ao ganhar do Fortaleza, o Bahia encerrou um jejum de oito jogos sem vitória no Brasileirão, mas não respirou na luta contra o rebaixamento. O time ainda está na beira do Z4, em 16.º lugar, com 21 pontos, um a menos que o Santos.
Diante da importância da partida e satisfeito com a atuação do último jogo, o técnico Diego Dabove vai procurar mexer o menos possível. O goleiro Matheus Teixeira, suspenso, e o atacante Rossi, lesionado, são desfalques certos.
No gol, Mateus Claus e Danilo Fernandes disputam posição. Lá na frente, a tendência é que o artilheiro Gilberto, de volta após cumprir suspensão na última rodada, entre no lugar de Rossi, formando dupla com o colombiano Rodallega, que se consagrou ao marcar quatro gols contra o Fortaleza.
Para o ataque, o treinador ganhou mais uma opção no banco de reservas. Anunciado no início da semana junto com Marcelo Cirino, o argentino Eugenio Isnaldo teve o nome publicado no BID da CBF e viajou com a delegação.
Como deve jogar com dois centroavantes, Diego Dabove deu atenção especial para a bola parada – escanteios e faltas laterais – no treinamento desta sexta-feira. É uma arma a mais.
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