O vitorioso deste confronto vai encarar na final o Manchester City, de Pep Guardiola, que eliminou o Paris Saint-Germain, de Neymar e Mbappé, na terça-feira. A grande decisão está marcada para o dia 29 deste mês, em Istambul, na Turquia.
Campeão em 2012, o Chelsea busca voltar à final da principal competição de clubes da Europa. Para tanto, tem a vantagem de jogar por um empate sem gols em seu estádio porque marcou gol fora no jogo de ida, que terminou empatado por 1 a 1. Além disso, o time londrino fez exibição acima do esperado em Madri, na semana passada, surpreendendo o Real.
O momento de ascensão do Chelsea tem relação direta com a chegada do técnico Thomas Tuchel ao time nesta temporada. O substituto do ídolo Frank Lampard começou sua trajetória com uma série invicta de 14 jogos e levou a equipe a brigar pelas primeiras posições do Campeonato Inglês.
Se despachar o Real, o treinador disputará sua segunda final consecutiva da Liga dos Campeões – ele comandava o Paris Saint-Germain na derrota para o Bayern de Munique na última decisão. “É uma semifinal, com muita pressão. Confiar 100% em nosso potencial é necessário. Não podemos enfrentar o Real Madrid de outra forma. Aprendemos em Madri que temos todo o direito de estarmos na semifinal e que, portanto, não temos de ter medo de enfrentar uma das maiores equipes do mundo”, projeta Tuchel.
Para o duelo decisivo desta quarta, o treinador espera contar com Antonio Rüdiger para formar trio de zagueiros com Andreas Christensen e com o brasileiro Thiago Silva. Rüdiger sofreu uma pancada no rosto na ida e deixou o gramado mais cedo. Nesta quarta, deve jogar com uma máscara de proteção. Já o volante croata Mateo Kovacic é baixa certa, como acontecera na semana passada.
Se o Chelsea aposta na vantagem da ida, o Real carrega o peso da camisa, da experiência de Zinedine Zidane e dos atacantes Benzema e Vinicius Junior, ambos em ótima forma. O francês é o artilheiro do time na competição, com seis gols, e na temporada, com 28. Vive sua melhor fase na equipe. O brasileiro, por sua vez, se tornou o jogador que costuma desequilibrar a partida com suas disparadas pelas pontas e bom posicionamento na área.
Com a dupla de ataque, Zidane espera chegar a sua quarta final de Liga dos Campeões como treinador do time espanhol. E, apesar das limitações da equipe atual, em comparação às formações anteriores, o técnico mostra confiança em seu elenco. “Tivemos dificuldades para chegar aqui, vencemos momentos difíceis nesta temporada, mas você tem que tirar o
chapéu para esta equipe que tem caráter e personalidade. Quando as coisas ficaram complicadas, eles estiveram sempre lá e demonstraram seu valor.”
Irregular, principalmente no começo da temporada, o Real chegou a correr risco de ser eliminado na fase de grupos. O principal problema foram as lesões. Mas, aos poucos, Zidane foi encontrando soluções para cada baixa. Recorreu até a veteranos, como Marcelo, que vinha sendo opção distante no banco de reservas. O lateral brasileiro trabalhou como mesário nas eleições regionais na capital espanhola na véspera do jogo. Porém, deve ser reserva nesta quarta.
A maior novidade da equipe é o retorno do zagueiro e capitão Sergio Ramos, desfalque por um mês devido a uma lesão muscular. Ele deve formar a zaga com o brasileiro Éder Militão. O meio-campo, um dos melhores do mundo, deve ter Modric, Casemiro, Kroos e Hazard. “Não é um milagre, viemos até aqui por causa do nosso trabalho e por acreditar no que fazemos. Não há milagres no futebol. Vamos colocar todo o nosso potencial em campo”, promete Zidane.
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