“Todos os filmes ou gravações digitais têm um período de vida útil. Entretanto, a cada geração, aprendem a melhorar o método, então podemos trabalhar com 4K ou 8K, coisas que não estavam disponíveis há 10 anos. A restauração desses filmes é como se estivéssemos mais na mente dos criadores”, justificou.
Sem Mudanças
Em 2020, o cineasta relançou de forma totalmente reformulada o último filme da trilogia, de 1990 (o longa tem início em uma cena que, no original, aparecia só depois de 40 minutos, por exemplo). Questionado se planeja fazer mudanças drásticas no corte para a versão remasterizada do ano que vem, garantiu que não.
“Sou conhecido por mudar os filmes que fiz ao longo do tempo, mas eu não toquei no Poderoso Chefão porque senti que era o filme que eu quis fazer com a maravilhosa colaboração dos meus dois editores e do Walter Murch, que me ajudou com o som. No Poderoso Chefão 2, eu posso questionar algumas decisões, mas estou muito satisfeito com ele. No terceiro, eu mudei substancialmente. Mas não pretendo tocar em nenhum dos dois primeiros filmes”, explicou.
Críticas à indústria
Coppola ainda refletiu sobre a falta de ousadia no cinema: “A razão pela qual nos dão prêmios pelo conjunto da obra é a mesma razão pela qual nos demitem. Quando terminei O Poderoso Chefão 2, estava no meu auge, tinha ganho cinco prêmios Oscar e, ainda assim, quando tentei emplacar Apocalypse Now, ninguém queria fazer.”
O diretor ainda relembrou a “experiência problemática” ao produzir o primeiro filme nos anos 1970: “Estava claramente fazendo algo novo, porque as pessoas até hoje assistem. Mas, na época, com coisas novas, estava indo contra o que a empresa desejava.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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