Sob o comando do técnico Sylvinho, o Corinthians é uma equipe sem brilho, mas equilibrada e consistente. Assim, já são seis rodadas de invencibilidade – a última derrota foi no dia 16 do mês passado, diante do Red Bull Bragantino.
Justamente por causa dessa falta de brilho que o placar desta quinta-feira foi apertado. A Chapecoense não ofereceu resistência ao Corinthians, que se tivesse forçado mais o jogo poderia ter marcado dois ou três gols para vencer com tranquilidade.
O primeiro tempo foi todo do Corinthians, com mais de 70% de posse de bola. Mas, assim como já vinha ocorrendo com a equipe nas últimas rodadas, faltava força para superar a linha defensiva do adversário. Sem que Jô fosse acionado com frequência, o Corinthians era facilmente marcado pelos defensores da Chapecoense.
Tanto é que a primeira chance clara de gol da equipe surgiu apenas aos 30 minutos, com Mateus Vital, que chutou por cima da meta. Depois, o time só voltou a assustar a Chapecoense já nos acréscimos, aos 47. Vitinho bateu de primeira para boa defesa do goleiro.
Contra um adversário frágil, preocupado apenas em se defender, o Corinthians foi pragmático e pouco se arriscou. A equipe não usou nem a receita básica de partidas contra times retrancados, que é apostar nos chutes de fora da área
O lateral-direito Fagner, por exemplo, pouco apareceu no ataque. A ausência de jogadas de profundidade, inclusive, foi um dos principais motivos para que a equipe tivesse tanta dificuldade para abrir espaços no meio da defesa catarinense.
No segundo tempo, a Chapecoense voltou um pouco melhor, com a marcação mais alta. Em um vacilo de Fábio Santos aos cinco minutos, coube ao goleiro Cássio salvar o Corinthians de ser surpreendido.
Mas esse lance foi exceção. O domínio das ações ofensivas continuou com o Corinthians, que chegou ao gol aos 14 minutos em um lance típico de centroavante que costuma não vacilar quando lhe é oferecida uma chance de gol. Após cruzamento de Gustavo Mosquito, Gabriel não conseguiu dominar a bola, que sobrou para Jô. O atacante se livrou da marcação com um giro e bateu forte para o fundo da rede.
Mesmo afundada na zona do rebaixamento e precisando da vitória para respirar um pouco mais aliviada, a Chapecoense não mudou de postura após sofrer o gol. A equipe catarinense continuou dedicando-se quase que exclusivamente à defesa, sem incomodar Cássio.
Neste cenário, o segundo gol do Corinthians quase saiu aos 28 minutos. Após passe de Marquinhos na área, Gustavo Mosquito acabou parando no goleiro da Chapecoense.
Nos minutos finais, quem passou a ficar na defesa foi o Corinthians. A Chape até tentou pressionar, mas o time não tinha força e qualidade e amargou mais uma derrota.
FICHA TÉCNICA:
CHAPECOENSE 0 x 1 CORINTHIANS
CHAPECOENSE – João Paulo; Matheus Ribeiro, Ignácio, Felipe Santana e Ezequiel (Foguinho); Alan Santos (Fernandinho), Anderson Leite, Lima, Baxola (Ravanelli, depois Anselmo Ramon) e Fabinho (Geuvânio); Perotti. Técnico: Jair Ventura.
CORINTHIANS – Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Cantillo (Xavier), Gabriel, Vitinho, Mateus Vital (Marquinhos) e Mosquito (Adson); Jô. Técnico: Sylvinho.
GOL – Jô, aos 14 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Ravanelli, Fernandinho e Anderson Leite.
ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (MG).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Arena Condá, em Chapecó (SC).
Comentários estão fechados.