Essa é a taxa mais alta já identificada em estudos com a Coronavac. As descobertas do estudo, patrocinado pelo Ministério da Saúde da Indonésia, foram baseadas em dados de pelo menos 120 mil trabalhadores da saúde acompanhados na capital Jacarta. Eles receberam a vacina entre janeiro e março deste ano com intervalo de 21 a 28 dias entre a primeira e a segunda dose.
Uma versão anterior e menor do estudo, envolvendo cerca de 25.000 pessoas, já tinha revelado os mesmos dados de efetividade para hospitalização e infecção. A proteção contra a morte foi de 100% no grupo menor, segundo informou o ministro da saúde da Indonésia, Budi Gunadi Sadikin, em uma entrevista na terça-feira, 11.
Informações da Associação Médica Indonésia mostraram, em paralelo, que o número de baixas entre médicos por covid-19 caiu significativamente desde que a vacinação na Indonésia começou este ano. Em janeiro, 64 médicos morreram por complicações da doença, a maior taxa desde o início da pandemia. O número, no entanto, caiu pela metade em fevereiro e para oito em abril.
Nos testes clínicos de fase 3 da vacina na Indonésia, a eficácia primária – proteção da vacina contra a doença em qualquer intensidade – foi de 65,3%, enquanto os estudos na Turquia indicavam 91,25%. No Brasil, os primeiros resultados, divulgados em janeiro, apontavam 50,38% de imunização inicial e 78% em casos moderados da covid-19. Em abril, um artigo preliminar, liderado pelo Butantan e submetido à revista científica The Lancet, já demonstrava elevação da eficácia do imunizante.
A Coronavac utiliza o vírus inativo SARS-CoV-2 e deve ser administrada em duas doses, podendo ser mantida em geladeiras normais a temperaturas entre 2 e 8 graus. No Brasil, o esquema de imunização é feito com intervalo de 14 dias entre a primeira dose e a dose de reforço. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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