Coronel Domingos Soares e Palmas estão na lista dos 30 municípios com maior desmatamento da Mata Atlântica em 2020

Em 2020, Coronel Domingos Soares e Palmas foram os que mais desmataram áreas de Mata Atlântica no Sudoeste. Com extensas vegetações, os dois municípios estão entre os que mais desmataram áreas de mata atlântica, em todo Brasil. As informações são do aplicativo ‘Aqui tem mata’, da Fundação SOS Mata Atlântica, atualizadas na última quinta-feira (27).

Conforme os dados do aplicativo, Coronel Domingos Soares, desflorestou em 2020 120,09 ha e por isso é o 20º município que mais desmata em todo Brasil.  Esse número, apesar de alto, já foi ainda maior. Em 2019 foram registrados 180 ha de área desmatada. Já Palmas, que registrou 88.90 ha de desmate no ano passado, é o 24º no ranking nacional de desmatamento. Esse índice é o maior do município desde 2010, onde haviam sido contabilizados 87 ha de área desmatada.

Na região, além dos dois municípios destaques em todo país, Clevelândia e Mangueirinha ficaram, respectivamente, em 124º e 140º no ranking nacional. Os outros 38 municípios do Sudoeste ocupam colocações entre 1800º e 2200º, em um conjunto de 3.429 localidades com Mata Atlântica em suas áreas territoriais.

As informações sobre desmatamento estão disponíveis para toda a população no site www.aquitemmata.org.br.

Não desmatam ou desmatam pouco

Desde 2020, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica, não foram verificados desmatamentos, em áreas maiores do que três hectares, nos municípios de Barracão,Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos e Sulina.

Área de mata atlântica

Ao todo são 168.280,35 ha de Mata Atlântica no Sudoeste – o equivalente a 236 campos de futebol. De acordo com a Fundação, Palmas é o município com maior extensão territorial, com 39.111,94 hectares de área, sendo 14.718 ha campos naturais. No município também tem unidade de conservação.

IAT

De acordo com o Instituto Água e Terra (IAT), “infelizmente, toda a região Sudoeste tem histórico de desmates, o que diferencia é a proporção relativa à extensão, que está relacionada à dimensão dos imóveis rurais” e complementa que “pequenos imóveis também realizam continuamente supressão, o que é motivo de contínuas autuações em pequenas frações.”

Também conforme o IAT, se confirmado os dados da Fundação SOS Mata Atlântica, muitos casos podem ser “em razão da transição de atividade economica que, historicamente, estavam voltadas à exploração da madeira e gado de forma extensiva, e atualmente tornaram-se de baixa produtividade ou rentabilidade frente à agricultura e criação de gado intensivo, tendo baixa rentabilidade em geral o que os direciona a mudar de atividade.”

Tal comportamento, observa o Instituto, acaba por demander o uso de novas tecnologias e mecanização das áreas de produção.

Com relação a fiscalização tanto de áreas desmatadas, como é o caso dos dados apontados pelo ‘Aqui tem mata’, da Fundação SOS Mata Atlântica,  mas também de outras questões ambientais, o trabalho é realizado tanto pelo IAT, Polícia Ambiental e também pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O órgão ambiental destaca que mesmo realizando ações de fiscalização programadas, é necessário que a população realize denúncias com mais frequência, para ajudar identificar as áreas que estão sendo degradadas.

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