Por conta da longa estiagem na região, agricultores de Coronel Vivida estão sofrendo com a falta de água, alguns, inclusive, não têm água nem para o consumo humano. Diante da situação, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Coronel Vivida vem disponibilizando água através de caminhões-pipa.
No entanto, muitas famílias não possuem reservatórios para receber a ajuda. Pensando nisso, a prefeitura do município realizará, já nos próximos dias, a instalação de cinco reservatórios de água potável em comunidades mais afetadas com a estiagem. Cada caixa terá capacidade de armazenamento de cinco mil litros.
Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Assioli Santos, os itens foram adquiridos com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente, repassados pela Sanepar e aprovados pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e as comunidades que serão atendidas serão definidas pela Defesa Civil e Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, levando-se em consideração os locais com maiores solicitações por fornecimento de água.
“Na sequência, se ainda for necessário, também serão disponibilizadas caixas de água com capacidade para mil litros e 500 litros, adquiridas com recursos do município para famílias afetadas pela falta de água nas comunidades rurais”, explicou o secretário.
Assembleia extraordinária
Na manhã de segunda-feira (31), agricultores familiares de Coronel Vivida e Honório Serpa, lideranças locais, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Departamento de Economia Rural (Deral) e Instituto Paranaense De Técnica E Extensão Rural (Emater), se reuniram para debater os problemas causados à agricultura pela crise hídrica.
De acordo com Eder Borba, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Coronel Vivida, a assembleia ocorreu para debater a situação e criar estratégias de auxílio aos atingidos pela estiagem. Para solicitar a ajuda de autoridades, os agricultores entregaram ao Município de Coronel Vivida uma carta aberta.
Na carta, a população atingida expôs “que há a necessidade de estabelecer diálogo entre representantes das organizações da agricultura familiar e o governo, a fim de estabelecer compromissos por conta da grave situação que vive hoje, em especial, a agricultura familiar”.
Ainda no documento, foram propostas algumas medidas emergenciais de amparo nas três esferas de governo.
A âmbito Federal, agricultores solicitaram a criação de um programa de bolsa estiagem emergencial alimentar e de um crédito emergencial produtivo, na repactuação das dívidas dos agricultores familiares e na implementação com urgência da Lei Assis Carvalho II nº 823/2021.
A nível estadual, pediram pelo compromisso em criar uma política de proteção, conservação e pagamento por serviços ambientais, um programa estadual de auxílio emergencial, o fomento para agricultores familiares que não acessaram recurso público através de crédito rural e fortalecimento das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural.
Ao município, agricultores solicitaram a criação de um programa de compra direta de alimentos da agricultura familiar e repasse às famílias em situação de vulnerabilidade, a ampliação do programa de assistência técnica da prefeitura e do IDR, a criação de uma política de incentivo à preservação ambiental com enfoque na proteção de nascentes e mata ciliar e o apoio com insumos e assistência técnica.