O hipismo tem sido alvo de muitas críticas acerca do tratamento que os cavalos têm tido. Em Tóquio-2020, houve uma polêmica após uma treinadora alemã agredir seu animal no meio de uma prova. Ao todo, foram 3 os casos relatados de maus tratos no evento realizado no Japão.
Em agosto, a ONG PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais, da sigla em inglês) encaminhou uma carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) pedindo a retirada do hipismo da Olimpíada como um todo, não somente do pentatlo moderno. Na ocasião, o Estadão conversou com a entidade e também ouviu médicos veterinários para entender o caso.
A iniciativa da PETA, em resposta aos atos violentos que cavalos sofreram em Tóquio, funcionou através de pressão exercida sobre patrocinadores do COI que imediatamente pediram que a entidade que organiza a Olimpíada se “modernizasse”.
O COI não aderiu imediatamente aos pedidos e a decisão anunciada nesta sexta-feira é uma iniciativa da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM, da sigla em inglês). A modalidade tem o intuito de encontrar o ‘atleta completo’ capaz de mostrar habilidades em diversas atividades esportivas.
Para substituir o hipismo, o novo evento incluso no cronograma deverá cumprir uma série de requisitos, como ser atrativo para jovens praticantes, ter baixo custo, promover acessibilidade e se encaixar na proposta da prova. Isso vale tanto para homens como para mulheres. O pentatlo moderno faz parte dos Jogos Olímpicos desde 1912 contemplando os cinco esportes.
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