Em Santa Catarina, o intervalo entre as doses de AstraZeneca foi encurtado para dez semanas. “A gente esperava os três meses porque não tinha vacina suficiente e a eficácia era a mesma. Se tiver vacina disponível para reduzir o tempo de espera, faremos isso”, disse Carlos Alberto Justo da Silva, secretário de Saúde de Florianópolis.
Em Mato Grosso do Sul, o prazo entre a 1.ª e a 2.ª dose foi encurtado para oito semanas (56 dias). A medida se aplica às vacinas de AstraZeneca e Pfizer. O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, explicou que o principal objetivo é evitar o atraso da 2.ª dose. Ele teme haver um desabastecimento da vacina da AstraZeneca nos próximos meses. E cobra mais orientações do Ministério da Saúde sobre o assunto. “Tudo o que a gente faz é baseado em estudos internacionais. Não temos uma orientação do governo federal. O Ministério da Saúde precisa se posicionar”, afirma.
Goiás informou que está antecipando a segunda dose “em alguns dias”. Já o Maranhão autorizou aplicar a segunda dose da AstraZeneca oito semanas após a primeira. A antecipação é válida para cidades que receberam lotes com a validade curta.
O Espírito Santo recomenda que os profissionais de saúde anotem na carteirinha de vacinação da população o prazo de 12 semanas (84 dias), mas permite que a segunda dose seja antecipada e aplicada dez semanas após a primeira (70 dias). “As vacinas devem ser aplicadas no menor espaço de tempo possível”, defendeu o secretário de Saúde, Nésio Fernandes de Medeiros Júnior.
Em Pernambuco, o Estado autorizou que os municípios apliquem a 2.ª dose da vacina entre 60 e 90 dias após a primeira. Em boletim epidemiológico divulgado nesta semana, o governo disse que a discussão foi levantada após o Ministério da Saúde antecipar em quase um mês o envio de doses destinadas a completar o esquema. O Estado orienta que cada cidade organize o calendário de acordo com seu estoque – Recife, por exemplo, reduziu para 60 dias.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que acompanha todos os estudos sobre as vacinas e qualquer modificação deve ser discutida na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis. O intervalo entre doses para a vacina AstraZeneca permanece, diz o texto, o mesmo disposto em bula e orientado pelo fabricante, “de 12 semanas”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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