São esperados cerca de 48 mil paulistanos nesse primeiro grupo. Entre as comorbidades previstas nesta fase da campanha de São Paulo estão diabete, insuficiência cardíaca, síndrome de Down e obesidade mórbida, doença renal ou neurológica crônica, problema de audição, cegueira ou baixa visão, limitação motora que dificulte a locomoção, câncer e HIV. Jovens grávidas e puérperas (parto foi há 45 dias ou menos) também podem ir aos postos. Nas capitais em que a vacinação está na fase para aqueles adolescentes que têm comorbidade, é necessário apresentar laudo da condição de saúde ou documento comprobatório.
Outras capitais devem alcançar a vacinação desse público nos próximos dias. O Rio se concentra até o dia 20 no público acima dos 18 anos. Recife abriu cadastramento para pessoas de 12 a 17 anos, mas ainda não está aplicando doses neste público. E há capitais ainda mais longe de concluir a campanha nos adultos, como Teresina, que convoca o público de 31 anos.
Para vacinar adolescentes, as prefeituras têm de obedecer à liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permite apenas o uso do imunizante da Pfizer para ser aplicado neste público. Em julho, o Instituto Butantan solicitou aprovação para a faixa etária de 3 a 17 anos na bula da Coronavac, mas, conforme a Anvisa, o pedido ainda “está em análise pela área técnica”.
A Janssen, por sua vez, teve autorização da agência reguladora para condução de estudo com menores de 18 no Brasil, mas ainda não apresentou as informações coletadas. Ainda não há vacinas aprovadas para crianças.
No Brasil, até esta terça-feira, 17, cerca de 50,5 milhões de pessoas já haviam completado o esquema vacinal, com duas doses ou uma injeção de Janssen, imunizante de dose única. Parte dos especialistas defende avançar a vacinação para a maior parcela possível da população, incluindo os adolescentes, como forma de conter a transmissão do vírus. O avanço da variante Delta, mais transmissível, também colocou autoridades e especialistas em alerta.
Já outros médicos e cientistas dizem que seria melhor concluir o esquema vacinal entre aqueles grupos de maior risco e ganha força a discussão de uma injeção de reforço em idosos – grupo mais vulnerável, que pode apresentar queda do grau de proteção vacinal ao longo do tempo. Outros países, como Estados Unidos e Chile, já iniciaram a imunização dos menores de idade.
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