Na tarde dessa sexta-feira (5), os membros da Comissão Processante, vereadores Dirceu Boaretto (Podemos) – presidente, Thania Maria Caminski Gehlen (DEM) – relatora, e Rafael Celestrin (PSD), protocolaram na Casa de Leis o parecer exarado pela Comissão sobre o Caso Cantu (PSD).
Segundo o presidente, com o resultado do relatório aprovado pelos membros da CP em reunião nessa sexta (5), após a análise da defesa apresentada ao Legislativo [protocolada na última quarta-feira], a Comissão decidiu pelo prosseguimento da apuração da suposta infração político-administrativa cometida pelo prefeito de Pato Branco, Robson Cantu (PSD).
Cantu está sendo investigado pela Comissão Processante pela suposta tentativa de interferir no trabalho do Poder Legislativo ao pressionar o vereador Januário Koslinski (PSDB) para que retirasse a assinatura no documento que solicitava a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), para investigar possíveis irregularidades no Departamento Municipal de Trânsito de Pato Branco (Depatran), que chegaram até a Casa de Leis através de denúncias.
A suposta tentativa de interferência no Legislativo veio à tona após a divulgação de um vídeo, encaminhado de forma anônima aos vereadores e veículos de imprensa, contendo conversas de uma reunião supostamente ocorrida no Gabinete Municipal, entre o prefeito Robson Cantu (PSD), o vereador Januário Koslinski (PSDB) e outros participantes, onde hipoteticamente teria ocorrido a coação do vereador.
A CP foi formada em 13 de outubro, em face da formalização de denúncias junto à Câmara Municipal de Pato Branco pedindo providências após o episódio.
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Na tarde dessa sexta (5), Boaretto emitiu um áudio oficial à imprensa revelando a decisão da Comissão. “No entendimento dos membros da Comissão as investigações devem prosseguir, para que possamos obedecer o devido processo legal, apurar todos os fatos de forma imparcial e transparente. Toda a documentação, a partir desse momento, está disponível a todos os vereadores para que possam ter acesso e conhecimento dos documentos que há no processo de investigação”, destacou.
Com o parecer favorável ao prosseguimento das denúncias, o processo passa imediatamente à fase de instrução.
O presidente da CP contou que na próxima semana a Comissão se reunirá para definir as próximas diligências, agendar as oitivas das partes mencionadas nos áudios vazados e, “se por ventura mais alguém for mencionado, faremos as oitivas também”.
A CP notificou o denunciado, prefeito Robson Cantu (PSD), em 21 de outubro. A defesa do prefeito, respeitando o prazo de 10 dias estabelecido pela Comissão, foi entregue na quarta-feira (3).
Dessa data em diante, a CP tinha cinco dias para emitir o parecer, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, tendo sido decido nessa sexta-feira (5) pela continuação dos trabalhos, conforme explicou o presidente.
Processo digitalizado: https://sapl.patobranco.pr.leg.br/media/sapl/public/materialegislativa/2021/16426/processo_digitalizado.pdf
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