A programação ainda não foi divulgada oficialmente, mas a nova rodada de interrogatórios deve começar na terça-feira (11), com o presidente da Anvisa. Os senadores querem entender principalmente o processo que levou à não liberação pela agência do uso da vacina russa Sputnik V no Brasil. “O processo foi envolto em polêmicas e supostas pressões de ambos os lados”, afirmou o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) no requerimento de convocação aprovado pela comissão.
A quarta-feira (12) é o dia em que a CPI deve ouvir o ex-secretário de Comunicação do governo. Ao pedir o depoimento do ministro, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou que Wajngarten, em entrevista, afirmou que o “Ministério da Saúde seria o responsável pelo atraso das vacinas”. “Informa possuir e-mails, registros telefônicos, cópias de minutas do contrato, dentre outras provas para confirmar sua afirmação”, observou Randolfe.
Na quinta-feira (13), vai falar à comissão um representante da Pfizer. No requerimento de convocação, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), lembrou que a empresa foi uma das primeiras a apresentar ao mundo uma vacina contra a Covid-19. Por outro lado, disse o senador, o Brasil “parece não ter optado pelo caminho da imunização” naquele momento. “Há relatos da imprensa que atestam que foi feita uma oferta de 70 milhões de doses para aquisição dessas vacinas ao governo brasileiro. No entanto, tal aquisição foi rejeitada pelo Ministério da Saúde por mais de uma vez”, disse Aziz.
Na primeira semana de depoimentos, os senadores interrogaram dois ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual titular da pasta, o médico Marcelo Queiroga. O mais longevo ministro da Saúde de Bolsonaro durante a pandemia, Eduardo Pazuello deve ser ouvido no dia 19 de maio, na mesma semana em que os senadores querem tomar o depoimento de Ernesto Araújo.
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