Desde 22 de setembro, quando foi lançada linha específica para financiamento de empresas de Pato Branco, no sudoeste do Estado, 14 operações de crédito foram liberadas, totalizando R$ 1.003.628,00. A ação faz parte do Programa de Retomada da Economia Pós Covid-19, iniciativa do Município de Pato Branco e que tem a parceria do Sebrae/PR e de seis cooperativas de crédito: Cresol, Evolua, Sicoob, Sicredi, Unicredi e Uniprime. Além do valor injetado, outros R$ 2,6 milhões foram solicitados por empresários de pequenos negócios – 35 operações estão sendo analisadas.
A linha específica de crédito para Pato Branco é resultado de aporte de R$ 2,5 milhões da Prefeitura à Sociedade de Garantia de Crédito do Sudoeste do Paraná (GarantiSudoeste). Os recursos aportados servem como aval para os negócios que não têm bens para dar em garantia. As cartas de aval da SGC podem cobrir até 80% do montante. Nas 14 operações concluídas (R$ 1.003.628,00), R$ 800.962,00 foram avalizados pelo fundo garantidor. Das outras 35 operações em andamento (R$ 2.659.386,75), R$ 2.041.606,10 podem ser garantidos pela SGC.
Marcos Colla, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pato Branco, considera satisfatória a procura inicial e destaca as várias possibilidades oferecidas.
“O lançamento da linha aconteceu no final de setembro e cerca de 50 empresas já solicitaram. É importante frisar que a linha de crédito pode ser utilizada para capital de giro ou investimento. O fato de contar com o fundo garantidor reduz o risco e deixa as taxas mais atrativas”, avalia.
O secretário ressalta que, mesmo com o aporte na GarantiSudoeste, as operações seguem os processos habituais, com a análise do cadastro das empresas e da viabilidade dos projetos.
“É uma operação de crédito normal. Por se tratar de crédito orientado, haverá posterior monitoramento da equipe do Sebrae, para que os recursos sejam aplicados de forma adequada”, completa Marcos Colla.
O gerente da Regional Sul do Sebrae/PR, Cesar Giovani Colini, também considera positivos os números, dado o curto período desde que a linha foi disponibilizada.
“Estamos felizes com esta dinâmica na economia de Pato Branco a partir do momento em que o acesso ao crédito foi proporcionado a vários segmentos empresariais. Os recursos podem ser utilizados pelos pequenos negócios para capital de giro, por exemplo, tão necessário nesta fase de retomada”, pontua Cesar Colini, lembrando da necessidade de pagamento do 13º salário neste final de ano.
Procura por capital de giro
Eder Vargas, gerente de Ciclo de Crédito no Sicredi Parque das Araucárias, detalha que a linha de crédito de Pato Branco tem colaborado com os negócios que não conseguiram restabelecer o fluxo de caixa, principalmente.
“A maior procura é por capital de giro, com valores abaixo de R$ 100 mil, de empresários que teriam dificuldade em conseguir crédito com taxas mais baixas, por não terem bens para garantia”, relata Éder. O gerente conta que a viabilidade das operações é analisada pela cooperativa de crédito e pela GarantiSudoeste. Para solicitar financiamento, os interessados podem procurar as seis cooperativas de crédito parceiras. As empresas devem, obrigatoriamente, estar registradas em Pato Branco.
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