Criação de postos de trabalho em maio ficam abaixo que o mesmo período de 2021

No quinto mês de 2021, foram criados 848 postos formais no Sudoeste, já neste ano foram 740

Marcilei Rossi com assessoria

O Sudoeste gerou 740 empregos formais em maio, o que levou a região a superar a abertura de 5 mil postos de trabalho no acumulado do ano. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgado na terça-feira (28).

Mesmo mantendo um saldo positivo, o quinto mês de 2022 apresentou retração no comparativo com o mesmo período de 2021, quando junto, os 42 municípios do Sudoeste somaram 848 postos de trabalho.

Assim como nos últimos meses, Francisco Beltrão segue liderando na geração de emprego. Em maio, o município contabilizou 224 postos de trabalho, o que levou a ficar na décima colocação no ranking estadual, juntamente com Foz do Iguaçu.

No ano, Francisco Beltrão tem saldo de 1.428 postos de trabalho e nos últimos 12 meses 2.483. O desempenho é o melhor da região.

Pato Branco que em 2021 liderava na geração de emprego, com 166 postos no mês de abril, e acumulado de 1.995 no ano e de 3.079 de junho de 2020 a maio de 2021, tem um desempenho bastante inferior nos indicativos atuais, principalmente no que diz respeito ao desempenho acumulado.

No mês de maio o município registrou 216 colocações de trabalhadores como saldo. No acumulado do ano são 781 postos e nos últimos 12 meses, 398 de saldo.

Fecha a lista dos três municípios com melhor desempenho no mês, Marmeleiro com 102 postos. As contratações formais de trabalhadores correspondem ao melhor índice do município tanto no acumulado do ano, que é atualmente de 158, como nos últimos 12 meses, que é de 184.

Piores desempenhos

Observando os 42 municípios, Palmas que nos primeiros meses de 2022 figurou entre os melhores indicadores de geração de emprego, voltou a ter saldo negativo.

Somente no mês de maio, foram encerrados 235 postos de trabalho. O bom resultado obtido nos quatro primeiros meses de 2022 ainda sustentam saldo positivo de 301, no índice de geração de emprego formal.  O acumulado do ano também aponta saldo positivo com de 692 novos trabalhadores registrados, as mesmas características.

Em um ranking hipotético da região, no mês de maio, Palmas tem o pior desempenho da região, ao mesmo tempo em que ocupa a quarta colocação no acumulado do ano e a terceira performance nos últimos 12 meses.

Estado

Em maio, o Paraná gerou 13.894 empregos, chegando ao saldo positivo de 75.990 vagas formais preenchidas desde o início do ano, o quarto melhor desempenho do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O subsetor que teve o maior saldo foi a Indústria de Transformação, com 3.756 empregos.

Na sequência estão os setores do Comércio com 2.709, Serviços de Escritório (informática, comunicação, financeiros, imobiliários, administrativos e técnicos), 2.489, Construção Civil, 1.409, e Administração Pública, com 1.464 postos de trabalho formais abertos.

A chefe do Departamento de Trabalho da Sejuf, Suelen Glinski, ressalta que a expansão do setor industrial auxilia no crescimento econômico do Paraná como um todo, inclusive ajudando na geração de empregos de outros setores. “O setor da indústria vem se consolidando nesse crescimento de empregos formais no Paraná, é o setor que mais contrata hoje se a gente pegar os dados de maio”, disse

 “Para economia é muito importante, tendo em vista que é o setor que paga os melhores salários porque exige um nível de qualificação e experiência maior por parte do trabalhador, e também porque ajuda a alavancar os demais setores da economia”, destacou Suelen.

Também tiveram saldo positivo, em maio, o setor de Alojamento e Alimentação com 834 vagas, o de Logística (transporte, armazenagem e correio) com 605 vagas, Cultura e Esporte com 40 vagas, Serviços Domésticos com uma vaga e outras atividades no Setor de Serviços, com 310 vagas. O único setor que ficou com saldo negativo foi a Agropecuária.

Levando em consideração os macrosetores, a Indústria (3.733, soma dos quatro subsetores) só perde para Serviços (5.744, soma dos seis subsetores).

Balança

No acumulado do ano todos os setores aparecem com saldo positivo no Paraná, com o destaque para os Serviços de Escritório, com 22.733 empregos gerados, Indústria (16.216), Administração Pública (11.535), Construção Civil (6.670) e Comércio (5.441).

Na sequência, de janeiro a maio, estão os setores de Alojamento e Alimentação, com 4.774 empregos gerados, Logística (4.474), Agropecuária (3.274), outras atividades no setor de serviços (2.581), Cultura e Esportes (679) e Serviços Domésticos com 33 vagas.

Indústria

Nessa quarta-feira (29), a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), divulgo que pela primeira vez este ano que um resultado mensal superou o desempenho alcançado no mesmo período do ano passado. Em maio de 2021, o saldo na indústria paranaense foi de 3.385 contratações. O setor também foi o segundo que mais admitiu este mês no Paraná, ficando atrás apenas do setor de serviços, com 5.744 postos de trabalho abertos. O comércio ficou em terceiro (2.709), seguido por construção civil (1.906) e agropecuária (-198). A alta da indústria em relação a abril chega a 73%. No mês anterior, o segmento abriu 2.163 novas vagas.

Cidades geradoras e perfil

Em maio, Umuarama foi o município paranaense que mais empregou trabalhadores na indústria, 448. Iporã ficou em segundo, com 237 contratações, seguida por Ponta Grossa (214), Telêmaco Borba (155) e Pato Branco (143). No ano, quem lidera o ranking estadual no setor é São José dos Pinhais, com a abertura de 857 novas vagas. Maringá vem na sequência, com 762 admissões, seguida por Curitiba (742), Cascavel (632) e Umuarama (529).

O perfil do trabalhador procurado não mudou. A indústria segue abrindo oportunidades, em sua maioria, para pessoas jovens, entre 18 e 24 anos (58,7% dos contratados), homens (8.714 contra 6.807 mulheres), com Ensino Médio completo (escolaridade de 72% do total). Nas atividades mais manuais, a escolaridade dos trabalhadores é menor e verifica-se uma dispensa maior de trabalhadores mais experientes com baixo grau de instrução. “Os dados mostram que o trabalhador precisa buscar com frequência as capacitações para se garantir no mercado de trabalho formal. Quanto mais instruído e atualizado, melhores serão as chances de evolução na carreira”, disse o economista da Fiep, Thiago Quadros.

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