Pelas circunstâncias, o empate até seria bem recebido pelos cruzeirenses. Mas com a derrota, o Cruzeiro ainda está devendo, porque com quatro pontos ocupa a 17.ª posição, abrindo a zona de rebaixamento. O Operário assumiu a vice-liderança com 10 pontos, dois a menos do que o líder Náutico, com 12. Além disso, agora não perde em seu estádio há 17 jogos, num período de sete meses.
O técnico Mozart Santos optou por armar o Cruzeiro no esquema com três zagueiros. Desta forma, pensava em manter o sistema de armação capaz de neutralizar o esquema do adversário, armado por Matheus Costa no 4-4-2. Devido à chuva na região sul do país, o jogo começou com o gramado bem pesado, um desafio a mais para os dois times.
Talvez, por isso, o jogo foi amarrado e com a bola ficando mais na parte central. Na disputa pela bola, surgiram algumas jogadas ríspidas. Mas Weverton, zagueiro do Cruzeiro, exagerou no carrinho em cima do volante Leandro Vilela, do Operário, e foi expulso direto. Realmente ele foi maldoso ou imprudente.
A partir dos 28 minutos o Cruzeiro passou a jogar com 10 jogadores. Quase em seguida, o Operário saiu na frente. Na linha intermediária a falta foi cobrada em direção a área, onde Pedro Ken desviou de cabeça e a bola bateu no travessão. Na sobra, Paulo Sérgio deixou a bola quicar e chutou de bicicleta no ângulo de Fábio, aos 31 minutos.
Mas o Cruzeiro não se intimidou e manteve seu ritmo de jogo. Tentou os chutes de longe, às vezes para fora e às vezes nas mãos de Thiago Braga. De tanto insistir, o time mineiro empatou aos 43 minutos. Bruno José recuperou a bola, entrou em diagonal para abrir espaço e chutou. A bola tocou na defesa e na sobra Felipe Augusto chutou de primeira, pegando o goleiro Thiago Braga mal colocado. Já nos acréscimos, o goleiro Fábio fez grande defesa num chute de Leandro Vilela, do time da casa.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Mozart Santos recompôs o seu setor defensivo do Cruzeiro colocando o zagueiro Joseph no lugar do meia Marcinho. De outro lado, o técnico Matheus Costa adiantou sua marcação para tirar vantagem por ter um jogador a mais do que seu adversário.
O Cruzeiro passou a ficar em seu campo defensivo, na espera de um contra-ataque. Como ele não surgiu, Mozart Santos optou por tentar segurar o empate, inclusive reforçando a marcação com as entradas dos volantes Jadson e Ariel Cabral.
Matheus Costa também mudou o Operário, na tentativa de deixá-lo mais agressivo. Apesar do maior volume de jogo, não conseguia superar a marcação mineira e nem chegar com perigo ao goleiro Fábio. Só mesmo num lance isolado, como aconteceu aos 39 minutos. O lateral Djalma Silva recebeu a bola pelo lado esquerdo e, mesmo de longe, soltou a bomba. O goleiro Fábio escorregou e não chegou na bola. Nos últimos minutos, o Cruzeiro ainda tentou fazer a pressão, na base de cruzamentos pelo alto. Mas a estratégia não deu certo.
Pela sexta rodada, na próxima terça-feira, o Operário vai enfrentar a Ponte Preta, em Campinas a partir das 19 horas. O Cruzeiro vai receber o Vasco na quinta-feira, às 21 horas, no Mineirão.
FICHA TÉCNICA:
OPERÁRIO 2 x 1 CRUZEIRO
OPERÁRIO – Thiago Braga; Alex Silva, Reniê, Rodolfo Filemon e Djalma Silva; Leandro Vilela (Fábio Alemão), Pedro Ken (Thomaz), Tomas Bastos e Jean Carlo (Leandrinho); Rodrigo Pimpão (Rafael Oller) e Paulo Sérgio (Schumacher). Técnico: Matheus Costa.
CRUZEIRO – Fábio; Ramon, Weverton e Paulo; Rômulo, Matheus Barbosa (Adriano), Marcinho (Joseph) e Giovanni (Ariel Cabral); Felipe Augusto, Bruno José (Jadson) e Rafael Sobis (Airton). Técnico: Mozart Santos.
GOLS – Paulo Sérgio, aos 31 e Felipe Augusto aos 43 minutos do primeiro tempo. Djalma Silva aos 39 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Leandro Vilela, Reniê e Fábio Alemão (Operário); Felipe Augusto (Cruzeiro).
CARTÃO VERMELHO – Weverton (Cruzeiro).
ÁRBITRO – Paulo Henrique Vollkoph (MS).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem público.
LOCAL – Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa (PR).
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