Foram vendidas na sexta-feira, 7, por meio de leilão na Bolsa paulista, a B3, 56 milhões de suas ações preferenciais, que são aquelas sem direito a voto, em uma transação que movimentou R$ 1,3 bilhão, apurou o Estadão. Essa é metade da posição de 20% que a CSN possui nas ações preferenciais da Usiminas.
Segundo fontes, a CSN se comprometeu, para executar essa venda, a não vender o restante das ações preferenciais por um período de 45 dias. Depois disso, uma nova venda deverá ser feira. A decisão da CSN, ao menos até aqui, é de manter as ações ordinárias, que têm direito a voto. No entanto, por decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a siderúrgica não pode exercer seus direitos políticos, por se tratar de uma empresa concorrente.
O Cade, inclusive, já tinha determinado que a CSN deveria se desfazer das ações detidas na Usiminas. No entanto, por causa de um período de grande desvalorização dos papéis da siderúrgica mineira, a companhia de Steinbruch conseguiu postergar o prazo.
Nesse momento, contudo, mais de cinco anos depois de a Usiminas passar pela pior crise financeira de sua história, diante de uma briga societária, as ações estão registrando forte alta. Em 12 meses, as ações preferenciais subiram mais de 400%, movimento impulsionado pela demanda por aço e pelo preço do produto em alta. Com isso, a venda foi feita no maior valor da história da Usiminas.
A CSN partiu em busca de bancos para fazer a venda na noite de quinta-feira, comentou uma fonte. O Bank of America (Bofa) levou a operação.
E esse não foi o primeiro desinvestimento da CSN neste ano. A siderúrgica vendeu uma fatia de sua unidade de mineração por meio de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e colocou R$ 3,6 bilhões no caixa. Está ainda com bancos contratados desde o ano passado para a abertura de capital de sua unidade de cimentos. Procurada, CSN não comentou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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