Segundo Barroso, a comissão estava debruçada sobre os dados adicionais solicitados em 10 de junho ao requerente da liberação, a empresa de sementes Tropical Melhoramento & Genética (TMG). A comissão não detalha quais informações e dados solicitou à empresa. O processo confidencial que tramita na CTNBio avalia a permissão da comercialização do trigo geneticamente modificado para “aumento de produtividade em situações e ambientes de baixa disponibilidade hídrica e resistente ao (herbicida) glufosinato, para uso exclusivo em alimentos, rações ou produtos derivados ou processados”.
O pedido para importação e comercialização de trigo transgênico no País foi protocolado pela TMG junto à CTNBio em processo em 28 de março de 2019. A TMG representa a argentina de biotecnologia Bioceres, detentora do cultivar, neste processo por meio de parceria, já que a empresa passou a atuar este ano no País. A variedade do cereal geneticamente modificado avaliada pela comissão é a HB4, aprovada para cultivo na Argentina em outubro do ano passado – país de onde os moinhos brasileiros adquirem cerca de 85% do cereal que importam.
A indústria nacional moageira, a de panificação e a de derivados de trigo são contrárias à comercialização e importação da farinha e do cereal transgênico no País. A CTNBio, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é o órgão responsável no governo federal por questões relacionadas à biossegurança de organismos geneticamente modificados.
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