Recente pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer, o Inca, apresentou uma estimativa preocupante, a de que o Brasil deve registrar cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele por ano, no triênio 2023 a 2025. O mesmo estudo, apontou que 63% da população não faz o uso de nenhum tipo proteção solar segundo informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O câncer de pele é o tipo mais comum no mundo, contudo, ao mesmo tempo é bastante negligenciado pela população, e muitas por falta de informação, no entanto, o câncer de pele pode levar a óbito.
Mais comum em pessoas adultas, a partir dos 40 anos, com pele, olhos e cabelos claros, o câncer de pele também ocorre em pessoas com a coloração de pele mais escura. Outro fator que requer atenção é o histórico familiar.
A dermatologista Giovana Bombonatto alerta que muitos dos casos de câncer de pele diagnosticados na região correspondem ao chamado fototipo, pele e olhos claros, entretanto, o histórico de exposição solar intenso, como em lavouras, também é um fator determinante.
Giovana explica que “áreas mais expostas ao Sol estão mais sujeiras ao aparecimento de câncer de pele. O carcinoma espinocelular [aquele que tem origem na camada mais superficial da pele] e o carcinoma basocelular são mais comuns em face e pescoço. Enquanto que o melanoma pode surgir em qualquer área do corpo, mas ele normalmente aparece em áreas onde houve intensa exposição solar, como costas, braços, pernas e face.”
Para o diagnóstico precoce de câncer de pele basta prestar atenção se não há pintas pelo corpo. “Qualquer lesão que muda de cor, aumenta de tamanho ou apresenta sintomas como coceira, sangramento e dificuldade de cicatrização devem ligar o alerta”, afirma a dermatologista.
A dermatologista alerta ainda que a “moda” de bronzeamento com fita e os procedimentos de câmeras de bronzeamento, “são todos métodos contraindicados. Além de envelhecimento cutâneo aumentam o risco de câncer de pele.”
Cuidados básicos
– O uso de protetor solar com FPS mínimo 30 deve ser rotina;
– Chapéu, óculos escuro e roupas compridas também servem para proteção;
– Evitar exposição solar entre 10h às16h, horário com maior incidência dos raios UVB;
– Em ambiente interno o uso de FPS está indicado caso tenha exposição solar indireta por janelas. A luz de lâmpadas não tem influência no aparecimento de câncer de pele.
Qual o melhor protetor solar?
“Em geral o que muda de um protetor solar facial para corporal é a cosmética. Produtos para face são menos oleosos, mais fluidos. Mas não tem problema usar o filtro corporal no rosto”, esclarece Giovana.
Câncer de pele em crianças
Embora raro, o câncer de pele em crianças representa de 1% a 3% de todos os casos de câncer infantil. O fator genético é sua principal causa.
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